Klimt

31 de dezembro de 2008

Para 2009...

Para já apenas momentos simples. Manter o sorriso. Um frame dos meus pais com a tranquilidade com que os vejo hoje. Quero isso em 2009 e sempre. Se pudesse, não pedia mais nada.

Até já! Vemo-nos em 2009!

30 de dezembro de 2008

Girls....Boys

Fala...



Não fales...

O post e o momento de 2008

A morte da minha avó. Escrito a lágrimas. 28.Maio.2008

Adeus avó
Hoje morreu um pedaço de mim, um pedaço grande. Mas hoje também estou protegida. Hoje alguém olha por mim e me protege.
Hoje morre a mulher de força e raça que foi, que é a minha avó. Um orgulho imenso.
Hoje morro eu mais um bocadinho. Sabia que ia acontecer. Que seria breve. Mas nunca nos despedimos. Nunca damos o último beijo, o último carinho. Sei que não podias permanecer. Sei que sofrias. Desejei tanto que acabasse o teu sofrimento. Sei que é melhor assim. Que só merecias que acabasse. Mas dizer adeus não é fácil. Quando pensava neste dia, pensei que sorriria, que o fim da tua dor e sofrimento atenuariam a minha dor. Mas as lágrimas que me correm pelo rosto não são serenas. Percorro os caminhos da nossa vida. Não te consigo desviar desse caminho. Hoje ainda iremos para tua casa, percorreremos os mesmos caminhos. A casa, o cheiro a ti, os teus santinhos espalhados pela casa, os teus campos, a tua aldeia, o teu nascer do sol, o teu orvalho matinhal, a tua vida. E nós ali, sem ti. Entrarei naquela porta e não receberei os sucessivos beijos repenicados. Ninguém me chamará minha filha. Eu sei o orgulho que tinhas em mim. Eu sei o quanto valorizavas a minha bondade. Eu sei o quanto me amavas. Mas na vida tudo é tão curto. Eras e sempre foste a minha única avó. Todos os outros disseram adeus antes de eu existir. Agora não resta ninguém. Um dia não restará nada do que me liga aquela aldeia, aquela serenidade e beleza. Hoje morre um pedaço de mim, da minha vida.
E agora falta dizer adeus naquelas cerimónias que me perturbam. Porque só quero que me deixem contigo. Que nos deixem. Não quero toda aquela gente ali. Não quero que me perturbem, que invadam o meu espaço. Quero apenas estar ali, no meu silêncio contigo.
A fé que sempre te acompanhou e sempre te entristeceu a minha falta de crença. Mas hoje encontrarás o teu Deus. Hoje estarás feliz.
Avó, minha avó, adeus. Olha por mim, olha por nós.

As palavras e os momentos de 2008

Dor. Dor. Dor. Cansaço. Sofrimento. Exaustão. Abismo. Morte da minha avó. Morte do meu tio avô. Morte da minha tia avó. Abandono. Perda de referências. Mãe e Pai: esforço, dádiva, coragem, força, abnegação. Respeito, amor e grande orgulho por ser filha de quem sou. Porto Salvo. Montagem de móveis Ikea. Aparafusadora eléctrica. Festivais de Verão. Imperial. Sines. Cáti e Carol. Corte. Estar para além de Bagdad. Loucura. Sagres. Sudoeste. MTV. ONI. 7 de Agosto. Fado. Caipirinha. Rock in Rio. Mudança. Isabel e André. Bica. Bairro Alto.71 Concertos. Jamaica. Música. Em Chamas. Imaculados. O meu afastamento. Contemporâneos. Bruno Aleixo. Viver Sozinha. Jantares em casa da Sofia. Patrícia P. Saudades. Intimidades. Partilhas. Felicidade. Tranquilidade. Respirar Fundo. Sorrir. Sonho realizado. Dr. Jekkyl e Mr. Hyde. Barak Obama. Into the Wild. "Antes do amor, dinheiro ou fama, dêem-me a verdade". Crise. Crise. Crise. Vinho Tinto. Danças Europeias. Em relação ao post de 2007 da Sofia com este desejo para 2008 "quero Amor na vida da Maria João", ainda não foi este ano Sophie. Luiz Pacheco. Inquietação. Folia. Nuvens. Moitas. Momentos Simples. Momentos Frenéticos. Tiago e Madalena: 1 ano. Dias de pequenas coisas. 29. Persepolis. Sílvia, Rosa, Ana, Marieta, Rui e Rosa. "Eu ando pelo mundo prestando atenção/Em cores que eu não sei o nome/Cores de Almodóvar/Cores de Frida Kahlo, cores." Fernão Ferro. Assalto ao meu carro. My Blueberry Nights.Tarte de Mirtilos. Time Out. Sílvia&David. Voltar a fumar. Euro 2008. Orestéia. À Deriva. Comboio. Metro. Moscatel. Ser Feliz. Novamente Isabel. "Quando saires da tempestade já não serás a mesma pessoa".

26 de dezembro de 2008

Um post pouco católico em época natalícia

Roubei descaradamente esta imagem de um blog, mas foi irresistível!

Don't we all?

23 de dezembro de 2008

Ao ver o Telejornal da SIC...

vejo um separador que anuncia dentro de momentos o melhor e o pior do Natal. E o que era meus amigos? Nada mais, nada menos, do que fotos, enviadas pelos telespectadores com imagens daquelas mesmo catitas, em que podemos ver um cão vestido de Pai Natal ao colo de uma senhora que está a dormir no cabeleireiro, famílias com barretes de Pai Natal, um velhote de bigode a tocar acordeão com um barrete de Natal. E tudo isto acompanhado de comentários bem divertidos. Nesta foto em concreto, o jornalista diz, «Olha o Quim Barreiros!» e a música de fundo é o 'Mestre de Culinária' do artista referido. E só me apraz dizer, «espectacular, finalmente um toque de humor no Telejornal!». E quase arriscava sugerir os Malucos do Riso a apresentar as notícias. Não era altamente? Ou apresentar o Telejornal em rap? Ou com as meninas do "Fama" naquelas poses bem sensuais.Eh pá, vou é calar-me porque estou a ter muitas ideias e ainda alguém lê e me rouba estas ideias geniais. Isto vai render! É desta que ficou rica! Eu e o editor do Telejornal da Sic. Deviam dar-lhe um aumento em 2009. Este homem merece um prémio de Jornalismo! Ou se calhar, e como diz o outro, vai mas é trabalhar!
Vergonhoso! O que é isto? Não sei, mas não é jornalismo.

Feliz Natal!


É chegado o momento de desejar a todos um Feliz Natal, recheado de tudo aquilo que preenche as memórias de Natal de cada um.
O meu vai ser mais pobre em pessoas, algumas cadeiras vão estar vazias, mas não é por isso que este Natal deixa de ser partilhado com elas, porque elas fazem parte das memórias de Natal da minha família. As filhós da minha mãe, que eu adoro, vão estar na mesa, os restantes doces, a couve troncha (penso que se escreve assim), a troca de presentes, a lareira acesa, os sorrisos, as histórias repetidas todos os anos, os mesmos de sempre a adormecer no sofá, a azáfama da minha mãe na cozinha, a calma e a serenidade associadas a esta data. E espero que seja sempre assim, porque só assim é Natal para mim.
Há quem não goste do Natal, há quem adore. Eu desejo a todos um Feliz Natal cheio de momentos simples!

Hoje é dia de dormir!!

Depois de não sei quantas noites sem estar calmamente em casa, hoje é o dia! Sem jantaradas, sem correrias, sem cinemas, nem teatros, nem concertos, nem compras de Natal. Hoje é chegar a casa, vestir o pijama, e não fazer nada mais sem ser esparramar-me (o que eu gosto desta palavra tão visual) no sofá e depois caminha e dormir!!!

16 de dezembro de 2008

Hoje é dia de...

Asian Dub Foundation no Santiago Alquimista.

15 de dezembro de 2008

Hoje não foi dia de...

Ir ao concerto da fadista Raquel Tavares, mas é dia de lhe fazer menção num fado.

«O amor que me consome, tomou-me a vida por dentro e depois não sei mais nada..»

Ah fadista!

14 de dezembro de 2008

O programa do Aleixo

Ainda não dava na Sic Radical e era ainda um ilustre anónimo quando a Carolina mo deu a conhecer e é simplesmente genial! Este boneco abre a boca e eu já estou a rir desalmadamente! É nonsense puro! Conversas sem pés na cabeça com um busto de Napoleão? Quem se lembra disto? E esta voz, esta entoação e dicção! Fabuloso! Humor, do melhor!!

Este homem, ai este homem!

Se o Pai Natal fosse generoso e me desse um homem destes no Natal...Este Jude Law deve ser dos homens mais bonitos à face da terra!

Isto não vai acontecer,pois não?

"Um dia a maioria de nós irá se separar. Sentiremos saudades de todas as conversas jogadas fora, as descobertas que fizemos, dos sonhos que tivemos, dos tantos risos e momentos que compartilhamos...

Saudades até dos momentos de lágrima, da angústia, das vésperas de finais de semana, de finais de ano, enfim... do companheirismo vivido... Sempre pensei que as amizades continuassem para sempre...

Hoje não tenho mais tanta certeza disso. Em breve cada um vai pra seu lado, seja pelo destino, ou por algum desentendimento, segue a sua vida, talvez continuemos a nos encontrar, quem sabe... nos e-mails trocados...

Podemos nos telefonar... conversar algumas bobagens. Aí os dias vão passar... meses... anos... até este contato tornar-se cada vez mais raro. Vamos nos perder no tempo...

Um dia nossos filhos verão aquelas fotografias e perguntarão: Quem são aquelas pessoas? Diremos que eram nossos amigos. E... isso vai doer tanto!!! Foram meus amigos, foi com eles que vivi os melhores anos de minha vida!

A saudade vai apertar bem dentro do peito. Vai dar uma vontade de ligar, ouvir aquelas vozes novamente... Quando o nosso grupo estiver incompleto... nos reuniremos para um último adeus de um amigo. E entre lágrima nos abraçaremos...

Faremos promessas de nos encontrar mais vezes daquele dia em diante. Por fim, cada um vai para o seu lado para continuar a viver a sua vidinha isolada do passado... E nos perderemos no tempo...

Por isso, fica aqui um pedido deste humilde amigo: não deixes que a vida passe em branco, e que pequenas adversidades sejam a causa de grandes tempestades...

Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores... mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos!!!"

Vinicius de Moraes

Intimidades

O momento em que olhos nos olhos nos confessamos. O momento em que as máscaras caem e em que se revela o nosso eu. O momento da amizade. O momento da confissão. O momento da Intimidade. As lágrimas que correm pela face. Olhos nos olhos. Limpas pelo meu/nosso olhar. Pelo silêncio. Pela cumplicidade. Pelo respeito. Pela amizade. Olhos nos olhos. Escuto-te. Ouço-te em revelações de dor. E envolvo-te num abraço.
Não gosto de máscaras. Não gosto que não assumam fragilidades, medos, lágrimas, erros. Porque não? És mais fraco por quebrares e abrires o teu coração, a tua alma, por te mostraes humano e com sentimentos? Não. És nobre, corajoso, autêntico, verdadeiro. Só os fracos sofrem? Todos sofremos. Admiro os que se revelam com autenticidade. Despidos da personagem. Momentos de intimidade, de alma rasgada e coração revelado são momentos de profunda admiração. A opção pelo mundo do ser só é tomada pelos fortes. Revelam-se ao mundo deles, aos que merecem a partilha. Assumem-se. Abrem-se aos que vos olham nos olhos e em silêncio. porque o momento é teu. E despido te revelas e fortaleces os laços.

Não há STOP no caminho

Há sempre um dia em que olhas para trás e dizes que não valeu a pena. Ou olhas para trás e vês que valeu a pena mas era pouco. Os dias passam, os anos passam, e no fim, o caminho tortuoso, denso e cheio de curvas, termina. Chegamos ao fim da estrada e procuramos novos caminhos. A experiência adquirida torna-nos mais espertos e mais diligentes e não procuramos as mesmas estradas, nem os mesmos sinais. Crescer é isto. Ultrapassar obstáculos, escolher percursos e caminhar. Enfrentar os medos, os perigos, as dificuldades e as quedas. Levantarmo-nos e continuarmos a caminhar em frente. Sabendo que a seguir a uma grande queda, curamos as feridas e temos cuidado para não cair outra vez. E só assim evoluimos. Caindo e levantando-nos. Sabendo que podemos voltar a cair novamente. Mas o que podemos fazer? Parar, e ficar no mesmo sítio? Não, continuando em frente, porque a vida faz-se caminhando. Sempre, sem parar, cheios de experiências e sabedoria. Porque quando a estrada terminar, queremos ter percorrido longos e diferentes percursos.

E seguimos em frente. Não há STOP no caminho.

"A vida é a arte do encontro, embora haja tanto desencontro pela vida."

Vinicius de Moraes

11 de dezembro de 2008

Ontem foi dia de...

Folia e punk cigano no Campo Pequeno ao som dos Gogol Bordello.

8 de dezembro de 2008

A minha casa já tem um cheirinho a Natal

A árvore já está montada e foi um erro tê-la comprado em branco, mas até ficou engraçada. Importante, importante é a decoração dos amigos e da família e ainda faltam algumas, mas está bonita. Simples e cheia de simbolismo, como eu quero que seja o meu Natal!

Reconhecem as vossas decorações? E muito obrigada a todos!




Ontem foi dia de...

Coldfinger no Musicbox.


5 de dezembro de 2008

Ontem também foi dia de...

Super Bock em Stock em várias salas

3 de dezembro de 2008

Hoje é dia de...

Super Bock em Stock em...várias salas...


Ainda em relação ao post anterior

Não adoram fins-de-semana de 3 dias? Eu acho que é o ideal e devia fazer parte da campanha eleitoral para as próximas eleições.

Eu voto em quem me der fins-de-semana de três dias!! E se calhar ordenado mínimo de 1000 euros..e se calhar umas coisinhas mais....

Chiado

Mesmo num feriado muito frio, com chuva e céu cinzento, é bom passear pelo Chiado, ver lojas, comprar presentes, sentir o cheiro das castanhas e não ver aglomerados de pessoas enclausuradas num único espaço fechado. É caminhar pelas ruas, entrar e sair, fumar cigarros nos intervalos, sentir o frio na cara e nas mãos. Ver cair a noite, o brilho das iluminações de Natal, ainda o cheiro das castanhas e em fim de tarde dois dedos de conversa na esplanada da pastelaria Benard (sim, na esplanada com este frio) com a companhia de um café bem quente e um croissant recheado com chocolate quente e e cremoso. E que bom é entrar assim numa nova semana!

Já disse que ando muito feliz?

LOL! É que ando mesmo! E não, não estou apaixonada, estou apenas muito feliz!

Gosto de...

Gosto de ver o mundo através dos blogs dos meus amigos e desconhecidos que poderiam ser meus amigos. É como ler o jornal pela manhã, mas eu faço-o à noite e por vezes bem tarde.

29 de novembro de 2008

Hoje é dia de...

Mercury Rev na Aula Magna.


27 de novembro de 2008

Ando feliz 'comó raio'!

E porquê? Por nada! Ou por tudo! Ou se calhar é o contrário daqueles dias em que nada faz sentido, uma forma de compensação! Não sei, but everything makes sense these days!!!

26 de novembro de 2008

Preciso de mais meia dúzia de horas

Preciso demais 3 ou 4 horas no meu dia.

Pai Natal, eu portei-me bem este ano, só quero mais tempo no sapatinho!! Mais 3 ou 4 horinhas, não peço mais que isso. Duas para dormir, as restantes para conseguir ler mais, ver DVD's, ir ao cinema, teatro, trabalhar mais, fazer compras, ter mais tempo para os amigos e família, ter mais tempo para mim, para a minha casa, para tudo.

Quero um dia com 3o horas!!!Estou farta de não ter tempo para tudo!!

Ontem foi dia de...

Rita Redshoes no Maxime.

23 de novembro de 2008

Desafio


Não sou grande fã de desafios, mas este é irresistível! Pôr uma fotografia nossa, escolher uma banda e responder a uma série de perguntas só com músicas desse grupo/artista. A artista é o cantor da minha vida, o inigualável Jeff Buckley.

1) És homem ou mulher? Lilac Wine
2) Descreve-te: She is free
3) O que as pessoas acham de ti?So Real
4) Como descreves o teu último relacionamento? Lost Highway
5) Descreve o estado actual da tua relação: I want someone badly
6) Onde querias estar agora? ? Strawberry Street
7) O que pensas a respeito do amor? You and I
8) Como é a tua vida? Haven't you heard
9) O que pedirias se pudesses ter só um desejo? Eternal Life
10) Escreve uma frase sábia: I Know We Could Be So Happy Baby (If We Wanted to Be)

O desafio tem de ser enviado a 5 blogs. E aqui vão eles: Gafanhotos da boca, Quase adultos, Começo a gostar de cores, Conta-me uma história... e Devaneios Singelos.


O Natal está a chegar

E com ele o mundo encantado dos presentes. E depois de uma directa e algum cansaço e sono, o fim de tarde de sábado foi passado a comprar algumas prendas. E depois de não sei quantas combinações, fica bem, serve ou não serve, será que vai gostar, foram comprados os primeiros presentes de Natal. E que coragem!Com os olhos quase a fechar e já sem capacidade de pensar lá fomos para casa. Mas é bom saber que já estão despachados alguns presentes.

Agenda

Está na altura de comprar a agenda de 2009.

Pensava que tinha adoptado a Moleskine para a vida: prática, elegante, clássica, com capa rija, o ideal para os 365 dias do ano.


Mas agora vi esta: original, inovadora, irreverente, divertida e muito apetececível.







Mas não é tão prática, nem tem capa rija, nem tanto espaço para escrever....
E agora? Clássica ou divertida?

22 de novembro de 2008

20 de novembro de 2008

Hoje é dia de...

Depois de uma pausa, hoje é dia de Blood Red Shoes no Santiago Alquimista.


15 de novembro de 2008

Ontem foi dia de...

Concerto de celebração dos 10 anos da Fnac no Pavilhão Atlântico com Peixe:Avião, Rita Redshoes, Deolinda, Clã e Xutos e Pontapés.

13 de novembro de 2008

12 de novembro de 2008

11 de novembro de 2008

Hoje é dia de...

Sígur Rós no Campo Pequeno.

Ontem foi dia de...

Ra Ra Riot no Santiago Alquimista.

9 de novembro de 2008

Hoje é dia de...

Joan as Police Woman no Centro Cultural Olga Cadaval.

Dr. Jekkyl & Mr. Hyde

Dr. Jekkyl encontra-se num sítio estranho, rodeado de gente estranha e pergunta-se o que faz ali. Mas encontra Mr. Hyde e embarca no submundo estranho e identifica-se e diverte-se e a sua cabeça apodera-se por essa estranha criatura que aparece às vezes. Mas aparece cada vez mais frequentemente. E por vezes o que aparenta não fazer sentido, acaba por fazê-lo. Tudo depende do momento e do que rodeia o momento.
«Somos cada vez mais os defeitos que temos e menos as qualidades

in "A Viagem do Elefante" de José Saramago.

Ontem foi dia de...

Alborosie no Tuatara.


8 de novembro de 2008

Ai, que dia!

Eu sei que acontece a toda a gente e sobretudo neste Outuno deprimente de dias curtos e frios. Estes dias em que se acorda triste, carente, sensível, em que só apetece um carinho, um abraço, um cafuné, em que nos sentimos sós. E hoje foi um desses dias, de só apetecer enroscar no sofá e não sair de lá e forçar a sair de casa e aproveitar o sol de Outuno na esplanada da praia. E forçar-me a sair à noite sem vontade e sem ânimo, mas sabendo que é preciso sair porque me vou animar, porque sei que me vou rir e divertir, porque sei que ficar em casa não vai ajudar nem melhorar este estado de espírito. E é nestes dias que me sinto realmente sozinha, em que nada faz sentido e me sinto insatisfeita. Apesar de estar tudo bem. Estou tranquila, faço o que gosto, a família está bem, os amigos estão comigo, há muitos concertos e muita coisa a acontecer. Mas hoje eu só queria um cafuné e um aconchego. Hoje não pedia mais nada senão algo simples e reconfortante. Estou mesmo triste.

E agora é sair de casa, porque sei que me vou divertir e que vou chegar a casa com aquele sorrisso e sensação de que é tão bom viver. E é-o de facto. Mas hoje custa só mais um bocadinho.

7 de novembro de 2008

Hoje é dia de...

Freddys Drop no Pavilhão dos Lombos em Carcavelos.

De hoje até dia 15

De hoje até dia 15 de Novembro vou ter concertos todos os dias e isto é um recorde absoluto na minha vida e acaba por ser um pouco assustador porque, apesar de ser tudo o que eu mais desejava na vida, acaba por ser cansativo e desgastante, para alguns concertos acabo por não ter companhia e pergunto-me se um dia não me cansarei, se um dia não acabo por achar tudo igual, por achar que já vi tudo, que nada será capaz de me surpreender. Mas enquanto isso não acontece, vou vivendo em êxtase, muito cansada e sem ter tempo para os amigos e família, nem para mim própria.

Mas e quando tiver filhos e família? É esta passagem de tempo que me assusta...

Mas para já é viver o presente!

By Warhol

"They always say time changes things,

but you actually have to change them yourself."

ANDY WARHOL

6 de novembro de 2008

O Arquipélago da Insónia

"De onde me virá a impressão que na casa, apesar de igual, quase tudo lhe falta?" Esta é a primeira frase do novo livro de Lobo Antunes, O Arquipélago da insónia.

E é com esta frase que sou arrebatada por esta metáfora.

Quem nunca sentiu esta falta em algum momento da vida? Sentir-se um estranho, longe de tudo e de todos.

Nojo

No dia em que só se fala na vitória do primeiro Presidente negro na história nos Estados Unidos, sentou-se na minha carruagem um skin com um blusão em que ostentava orgulhosamente uma suástica e uma bandeira de Portugal. E este senhor causou-me nojo! Sim, estou a ser tão racista quanto ele, mas aquele senhor tem o culto do ódio, assume isso e sente orgulho nisso. Aquele senhor se eu fosse negra, não se sentava ao meu lado. Não lhe interessava nada sobre mim sem ser a minha cor de pele. E para ele eu seria um ser inferior, só por isso.
Apeteceu-me cuspir na cara daquele filho da puta. Sinceramente, foi puro nojo o que senti!

E não se fala noutra coisa

E ainda bem! Porque a palavra é mesmo esta: mudança! E estamos todos a acreditar!

4 de novembro de 2008

Hoje é dia de...

Ladytron no Lux

Go Obama, go!


E há dias assim, em que apesar de andar cansada, não consigo dormir. Leio blogs, sites de música, leio e espero que o sono me chame. E gosto destas noites de avidez, em que apetece fazer tudo.
- Tenho uma lista de filmes que quero ver e séries que quero acompanhar mas não tennho tempo e quando tenho, acabo sempre por fazer outra coisa;
- Tenho a minha casa para continuar a decorar e não tenho tempo para ver lojas, nem comprar molduras, nem mandar fazer fotografias, nem uma série de coisas que planeio fazer naquela casa, como mudar-me. Sim porque ao fim de quase um ano, eu continuo a não viver na minha casa;
- Tenho jantares e saídas e bares que quero fazer/conhecer e há sempre qualquer coisa a acontecer:
- Quero ir a lojas de segunda mão vender roupa que está parada cá por casa e adio;
- Quero ir à Feira da Ladra e à feira biológica do Príncipe Real um sábado de manhã e acabo sempre por adiar;
- Quero organizar fotos e fazer álbuns e nunca mais o faço;
- Quero terminar os nomes dos bébés (e alguns já nem são bébés) e acho que nunca mais vou conseguir;
- Tenho cd's pendentes para escuta;
- Tenho de cortar o cabelo e arranjar as unhas;
- Tenho de marcar novas consultas para mostrar os exames;
- Tenho de fazer um curso de introdução ao jornalismo;
- Tenho de organizar, redecorar, mudar a casa dos meus pais e há um ano que digo que vai ser hoje...mas ainda não foi.

Tenho mil coisas que quero e planeio fazer e não faço. E não sei o que faço ao tempo ou como ele passa por mim, mas a verdade é que não dou por ele e que não páro.

2 de novembro de 2008

Não sei qual é a relação das pessoas com os cemitérios. Sei que ninguém gosta, mas não sei o que se sente, o que se vive, o que se recorda. Eu sinto-me desconfortável. Não me sinto a visitar ninguém e muito menos sinto os meus mais presentes. Pelo contrário, ali sinto-os distantes. E dou por mim a distrair-me com as lápides, as fotografias, as datas e as dedicatórias e sinto-me a invadir a privacidade de algumas pessoas que têm algumas dedicatórias e mensagens mais pessoais. E olho para as fotografias e sinto-me estranha. E a relação dos familiares com aquela peça. O limpar, o decorar, o encher de flores e velas, os terços, as lágrimas, as rezas, a tristeza...
Aquelas pessoas que não conheci têm histórias que terminaram, mas que ali se forçam a algo, quando tudo já acabou e deviam viver apenas na memória e coração de quem as ama. Nada ali faz sentido para mim. Nem o enterrar de um corpo, nem a permanência naquele espaço. Nada.

Ontem foi dia de...

Peter Murphy no Coliseu.


30 de outubro de 2008

Hoje é dia de...

Róisín Murphy no Coliseu

29 de outubro de 2008

Hoje é dia de...

Extreme no Coliseu...Lembram-se há quanto tempo? Só mesmo à borla porque isto já não interessa a ninguém!

Ontem foi dia de...

Cansei de ser Sexy no Coliseu

26 de outubro de 2008

Sábado de calor

Sábado de muito sol e muito calor em pleno final do mês de Outubro. E que melhor forma de aproveitar a tarde do que uma bela esplanada na praia. E ainda por cima com campeonato de surf a acontecer e homens lindíssimos a passearem-se com as suas pranchas. Claro que onde há homens muito giros, há logicamente mulheres igualmente bonitas e tiradas de verdadeiras capas de revistas. Mas frivolidades à parte, soube mesmo bem aquele calor, aquele sol, aquela paisagem, a boa companhia das amigas e o renovar de energias. E não há dúvidas, sou uma privilegiada porque tenho o melhor dos remédios quase à porta de casa. E faz verdadeiros milagres!
E gostava que este fim-de-semana de sol e calor se prolongasse por mais dois dias, ou três, ou quatro...

Sexta-feira foi dia de...

Lemonheads no Santiago Alquimista.




22 de outubro de 2008

Apetecia-me....

algo!

Está frio!




Crónica de costumes

Sabem aquele rapaz cego que anda a pedir no Metro e que tinha uma musiquinha que dizia qualquer coisa como "tenha a bondade de me auxiliar", sendo que este auxiliar era dito em crescendo. Lembram-se dele?
Ele actualizou-se e agora a música é hip-hop, ele faz um batuque na caixa em que lhe colocam as moedas e a musiquinha dele é um rap, qualquer coisa como "bon-bon-da-de-de de me au-au-xi-li-ar-li-ar", acompanhado do batuque. Freestyle à séria. Temos rapper!

É muito feio estar a gozar com isto, mas quando o ouvi pela primeira vez não pude deixar de rir! É que é mesmo cómico!

20 de outubro de 2008

Apoio incondicional

Nestes momentos em que a doença do familiar de uma amiga, e não é um familiar qualquer, é uma avó, daquelas avós que fazem parte do nosso esqueleto, da nossa estrutura, do que somos e seremos. Nesses momentos queremos ajudar e fazer tudo, mas pouco podemos fazer. Apenas ligar, uma sms, enviar um abraço apertado, um beijo. Queremos estar presentes. E nesses momentos essas sms valem tanto, mas tanto. Aqueles que como eu sofrem em silêncio, porque só nesse silêncio conseguem viver essa dor dilacerante, sabem o quão importante é aquela meia dúzia de palavras escritas. Porque qualquer tentativa de falar com alguém sobre o que se sente é impossível, é acompanhada por um mar de lágrimas, voz embargada e um soluçar ininterrupto. É impossível falar ou dizer o que se sente, porque o que se sente é tanta dor, tanto sofrimento, tanto medo que não se consegue verbalizar nada. Vive-se em silêncio e com diálogos interiores constantes. E eu percebo o que isso é. O que te quero dizer, o que te queremos dizer é que estamos todos contigo neste momento. Um onda enorme de energia positiva emana de nós para a tua avó, um abraço conjunto e daqueles bem fortes envolve-vos, as nossas mãos enxugam as tuas lágrimas e dão-te a mão. Estou contigo para o que precisares, seja o que for. Descansa. Precisas de ser forte.

Eu sei o que sentes da forma mais dolorosa. E só te posso dizer isto, a esperança existe, no pior cenário. É manter a esperança e estar presente, dar a mão, falar, porque ela percebe-te, lê-te, sente-te. É dar amor.Muito. Sempre.

Ontem foi dia de...

dEUS na Aula Magna

18 de outubro de 2008

13 de outubro de 2008

No sábado foi dia de...

Os Pontos Negros no Musicbox.


10 de outubro de 2008

A crise, a crise, a crise....ah, é verdade, a crise

A sério, vou deixar de ver telejornais, ver as primeiras páginas dos jornais e ouvir notícias na rádio.

Eu sei que isto está mau, eu sei que as bolsas estão em queda, eu sei que a minha prestação vai aumentar, que a criseveio para ficar não se sabe até quando, mas deixem-me ignorar, impeçam esta minha ansiedade sempre que ouço estas notícias, deixem-me abolir momentaneamente a palavra crise do meu dicionário.

Mas amanhã e depois de amanhã, e depois, e depois, lá vai estar ela...crise...crise...crise..crise...

7 de outubro de 2008

Na luta política há sempre dois pesos e duas medidas

Lembram-se deste post?

Pois é, ah e tal confrontar ideologias políticas, ah e tal não falar de vida privada, ah e tal ah e tal.

E agora espreitem isto..



Ah pois é, por aqui se vê quem sabe fazer política!

By the way, I HATE SARAH PALIN!

4 de outubro de 2008

A notícia triste é que...

acho que voltei a fumar, assim à séria...

Vote! Vote! Vote!

Antepassados

Este é o registo fotográfico mais antigo da minha família.
Em cima a minha avó e o meu avô. Em baixo, da esquerda para a direita, a minha tia avó Olinda, o meu tio Manuel e a minha bisavó Luísa.
Três gerações representadas e já ninguém vivo.


3 de outubro de 2008

Crónica de costumes

Momentos peculiares passam pelos meus olhos.

No Cais do Sodré, nas escadas que sobem do metro para os comboios está sentada uma senhora de meia-idade, muito forte, com as pernas ligadas com ligaduras (desculpem a redundância). Todos os fins de tarde lá está ela sentada. Num destes dias, eu ia apanhar o comboio e vejo um rapaz negro e jovem a falar com ela. Não percebi bem o que diziam, mas ela falava do problema que tinha nas pernas. Passei e pensei que estava a pedir esmola e a explicar ao rapaz o problema de saúde que tinha. Nem liguei muita importância aquilo.
Tenho uma memória de merda e raramente consigo citar qualquer coisa que leio. Mas tenho uma excelente memória fotográfica. Dificilmente esqueço uma cara.
Hoje lá ia eu para o comboio. E coincidência das coincidências, o rapaz vinha à minha frente. Quando passou pela senhora, parou e perguntou-lhe: "Então como se sente hoje?" E a senhora lá lhe respondeu que se sentia melhor, que estava a recuperar.
Eh pá, e eu fiquei sensibilizada. Aquele rapaz deve passar ali todos os dias e deve perguntar à senhora pela saúde dela. Não faz como eu e os restantes que passa a correr a pensar no comboio que vai apanhar. Pára e dedica alguns momentos de preocupação e de atenção aquela senhora que eu também vejo todos os dias e que todos os dias ignoro.

Novo mundo

No mundo em que eu vivo, esta semana o partido nacionalista austríaco ganhou as eleições legislativas.

A História recente, para mim demasiado recente, fala em 6 milhões de mortos no Holocausto, guerra que afectou o país em causa.

O mundo em que eu vivo está cego, surdo e esquecido. No mundo em que eu vivo algo vai mal.

"(...)I have a dream that my four little children will one day live in a nation where they will not be judged by the color of their skin but by the content of their character.
(...)
And when this happens, when we allow freedom to ring, when we let it ring from every village and every hamlet, from every state and every city, we will be able to speed up that day when all of God's children, black men and white men, Jews and Gentiles, Protestants and Catholics, will be able to join hands and sing in the words of the old Negro spiritual, "Free at last! free at last! thank God Almighty, we are free at last!"

Marthin Luther King

Continuamos anos depois a ter o mesmo sonho....

"Another World" by Antony & The Johnsons

"Another World" by Antony & The Johnsons

O novo single do novo álbum de Anthony, cantor misantrópico, depressivo, melancólico é uma vez mais magnífico. Adoro esta melodia serena, triste e arrepiante, esta voz peculiar e única.

"I need another place...

I need another world..."

Precisamos mesmo de um outro mundo....

Para ouvir e sobretudo sentir!

2 de outubro de 2008

"Mamas vejo eu todos os dias..."

Segunda-feira, médico. Estou a ser atendida pelo meu médico, semi-despida e em observação e entra outro médico pela sala dentro, sem bater. Vendo o meu espanto e desconforto e achando normalissimo, diz-me: "Não se preocupe menina, mamas vejo eu todos os dias, centenas delas."

Bom para ele!

Ainda o Benfica - Sporting

Estava em Fernão Ferro e fui com o meu pai e tio ver o jogo ao café. Só homens à espera de ver o jogo. Sou a única mulher presente. E claro, os castiços do costume. O habitual, que comenta tudo e mais alguma coisa e que passa o jogo inteiro com a mesma piada e ironia e repete-a insistentemente. A única particularidade deste senhor é que tem uma voz que parece um trovão. Ele não fala alto. Ele abre a boca e troveja. Até me assustou ao princípio. Nunca ouvi nada assim.
Mas bonito, bonito é ver um senhor que não consigo explicar como é fisicamente, mas que é bem pequeno, rídiculo e cómico e que de repente quando o benfica marca, vai para o meio do café numa dança meio esquisita em que abre os braços, manda uma perna de cada vez ao ar, dobra o peito e ajoelha-se. E pormenor importante, tira do bolso, o que me parece alecrim e beija-o efusivamente. Há pois é, em Fernão Ferro é que é!

As mudanças foram adiadas

Não há tempo.

Crónica de costumes

Este vai ser um post recorrente. É que as minhas andanças pela cidade e pelos transportes públicos, têm muito que contar.
Numa destas tardes, de regresso a casa, saio do metro e no corredor que antecede as escadas para o comboio ecoa uma voz bem estridente. Não percebo se são gritos ou alguém a cantar, porque é muito ritmado. Aproximo-me e é uma senhora negra com uma t-shirt que diz qualquer coisa sobre Jesus Cristo e que provavelmente está a tentar evangelizar os passageiros apregoando bem alto que Jesus é Vida e Esperança.

Surreal!

Teste à minha paciência

Teste à minha paciência que como bem sabeis, é muita.

Segunda-feira de manhã, por volta das 9h30, 9h45. Visita a essa casa tão respeitada por todos nós, que é o Banco, mais propriamente a CGD da Parede. Tirei as senhas para o balcão de atendimento do Crédito e para as Caixas. Como era o nº a seguir para o Balcão do Crédito e as Caixas estavam com uma grande demora, aguardei por ser atendida no Crédito. Duas pessoas a atender. Uma delas fica livre e olho para o painel electrónicoà espera que o nº pisque. Espero, espero e nada. A senhora bancária mexe em papelada e pastas. E eu espero. Entretanto outra senhora bancária chama uma colega, mas a colega responde que já tinha ido. A senhora bancária que mexia em papelada pergunta se ela vai sair, a outra responde que sim e lá vai a senhora bancária que me deveria atender a sair rapidamente para o seu pequeno-almoço. E eu sentadinha a pensar no que poderia fazer: barro-lhe o caminho e confronto-a com a sua saída com um cliente à espera e sem nenhum colega para a substituir? Aguardo e escrevo no livro de reclamações? Ou passo-lhe uma rasteira discreta e espero que ela se espalhe no meio do chão? Enquanto pensava em tudo isto ela lá saiu para a sua pausa ou pequeno-almoço. Nada contra. Claro que a senhora tem direito. Mas só neste país, com apenas dois bancários a atenderem, com um cliente à espera é que alguém ignora tudo isto e sai para beber o seu galão, o que é muito urgente, tão urgente que nem pode esperar pelos colegas. É que arrefece. Há que perceber isso. E aquela hora é vê-los entrar e sair em grupos. Nervos, nervos, nervos. E ali fiquei eu à espera.
Mas não fica por aqui. Dirijo-me em seguida às caixas e qual não é o meu espanto quando vejo que está apenas uma caixa em funcionamento. Estão para aí 14 pessoas à espera. Na outra caixa está uma senhora que mexia muito no computador, levantava-se , mexia em papéis e voltava ao computador, se calhar a fazer algo muito importante, mas não haverá mais computadores? E os bancários que estão atrás a fazer não sei o quê, não poderiam abrir mais uma caixa para atender as pessoas, na sua grande maioria pessoas de idade e que aguardam em pé? As pessoas reclamam, claro, mas baixinho. Felizmente, como tinha tirado as duas senhas, fui atendida logo a seguir. E saí a pensar no bizarro desta situação e arrependida por não ter reclamado, mas depois de tanto tempo de espera, não tive tempo para escrever. E é assim que nos desgastamos, enervamos e perdemos tempo à espera.
E nestes momentos pergunto onde estão os coordenadores, chefes desta gente? Provavalmente também a beber a merda do café ou do galão!

Ontem foi dia de...

Festa lá do trabalho com direito a jantar para as pessoas da casa e para os músicos nomeados para o prémio.

Quando recebi o e-mail pensei logo em cortar-me. Não queria ir, não conseguia ir. Só ouvia falar em roupas para os apresentadores, músicos a chegar de limusine, pensar em toda em gente em grupo a falar animadamente e eu completamente deslocada, a sentir-me mal. Não era a minha gente, o meu ambiente e ia sentir-me muito tímida e deslocada.
Mas pensei que tinha de quebrar barreiras, testar-me a mim própria e sobretudo não desistir sem tentar. Isto da vergonha e da timidez é muito complicado de gerir...mas este é o meu teste mais difícil de passar, o meu maior medo e há que ultrapassar isto. I'm not a little girl anymore e acaba por se tornar ridículo. Rapariga, tens quase 30 anos! Faz-te uma mulher!
E aceitei. Respondi que estava ali há tão pouco tempo que não esperava ser convidada, mas que iria. A resposta foi: "Claro! Agora és team!" E é assim que me tratam sempre tão bem!!
E lá fui eu com um friozinho na barriga. Cheguei tímida e acompanhada pelo amigo cigarro que nestas alturas dá um jeitaço. Lá me dizem para me juntar ao grupo. As minhas colegas todas lindas. Dois dedos de conversa e vou levantar a pulseira, pulseira que me dá livre acesso à área reservada e a bar aberto. Os artistas nomeados chegam de limusine e a malta da equipa faz de público fervoroso e entre palmas e gritos criamos o ambiente para a chegada dos artistas enquanto os apresentadores lhes fazem uma pequena entrevista à chegada. Depois foi jantar com artistas ali mesmo ao lado. Não troquei uma palavra com nenhum deles, claro. Mas falei com os colegas, libertei-me um pouco mais e foi divertido. Foi estar com eles num ambiente ainda mais informal. Conhecer algumas pessoas que desconhecia (uma está de licença de maternidade e outra trabalha em Milão). Depois do jantar um colega a meter música e festa aberta a toda a gente que por lá passou. Uma amiga, cuja cunhada trabalha numa empresa que trabalha para o nosso canal apareceu por lá e o fim da noite foi passado a falar com elas à porta.
Foi bom ter ido. Prova superada. Hoje até o dia foi mais descontraído. Como tem de ser. Como eles são, descontraídos e divertidos. E eu trabalho ali, portanto há que superar isto.
Custou um bocadinho....mas depois passou.

Terça foi dia de...

Backyard Babies no Musicbox.

Á pala de quem me paga agora o ordenado e com direito a crítica no site (ou algo parecido porque eu não sabia que queriam que eu escrevesse sobre o concerto e não estava nada preparada para isso. Aliás, eu não sou crítica, eu apenas gosto de música)

28 de setembro de 2008

Faltam 2 dias para Outubro

Faltam 2 dias para Outubro, data estipulada para a minha mudança. Este fim-de-semana não consegui fazer nada, não por não ter tempo, mas porque me faltou qualquer coisa. Estou cheia de vontade de me mudar, mas há algo que me retrai, que me impede de agarrar em tudo e partir.

E neste momento, como está tão próximo, só de pensar nisso dá-me um pequenino aperto no coração....

Este Natal no sapatinho quero...

Um IPOD!!

26 de setembro de 2008

Ceder o lugar nos transportes públicos

Ou eu sou um alien ou o mundo anda mesmo ao contrário.

Passo a explicar. Transportes públicos e eu sentada confortavelmente. Idoso entra. O que fazer? Segundo o resto da humanidade deve ignorar-se. A mim os meus pais ensinaram-me que devo levantar-me e ceder o meu lugar.

Ontem foi a quarta vez que cedi o meu lugar nos transportes públicos. Acho vergonhoso que ninguém, mas mesmo ninguém ceda o lugar ou dispute a cedência de lugar comigo. O caso mais revoltante foi um dia no comboio em que eu ia sentada do lado da janela com um senhor sentado ao meu lado. Uma senhora aproximou-se e ainda aguardei uns segundos. Como ele não se mexeu, fiz sinal à senhora e levantei-me. Ele levantou-se para me deixar passar e tornou a sentar-se. Já não há cavalheiros? Nem cedeu o lugar à velhota nem tão pouco se voltou para mim e me cedeu o lugar. Sentou-se e ignorou.

Hoje fiz outra experiência no metro. Novamente uma senhora idosa. Parou perto da porta. Estava na dúvida se ela sairia na próxima estação e aguardei. Neste compasso de tempo ninguém se mostrou sensível à situação. Como a senhora não saiu na próxima estação, eu levantei-me para lhe dar o meu lugar, mas ela não aceitou, disse que não era preciso. Ainda insisti, mas ela não quis.

A sério que fico indignada com esta gente! Somos realmente egoístas! Obrigada mãe e pai!Nascidos na aldeia, filhos de agricultores e pouco instruídos, mas souberam educar-me. E não é realmente pelos estudos, nem pelo estatuto social que se vê a educação!

Hoje é dia de...

Super Arraial do Caloiro do Técnico com Rita Redshoes, Deolinda e Wraygunn.


Wraygunn



Rita Redshoes

24 de setembro de 2008


Todos os dias...

passo na cidade universitária e deparo-me com praxes.

ODEIO PRAXES!

Sou anti-praxe, acho humilhante, sem humor, ridículo, demodé e de muito mau gosto. E não percebo o objectivo daquilo. Socializar? Divertir? Uma forma de conhecer pessoas? Eh pá, contem-me histórias. Já estou a imaginar as pessoas aqui no emprego novo a colocarem-me um penico na cabeça, pintarem-me a cara, enrolarem-me em papel higiénico, amarrarem-me, mandarem-me virar a roupa do avesso ou perfumarem-me com vinagre. Seria certamente uma bela recepção e acolhimento. E tenho a certeza que seria uma bela forma de nos conhecermos e estabelecer amizades.

Cambada de palermas e energúmenos (acho que se escreve assim...) E em bom português, badamerda para todos esses veteranos armados em superiores. Sois uns merdas e tenho dito!

21 de setembro de 2008

Domingo à tarde

Passado de volta do roupeiro a arrumar roupa, a ver o que uso e o que não uso.

Realmente os nossos roupeiros são um poço sem fundo. Eu pergunto a mim mesma como é possível ter tanta coisa que não uso e algumas que nem sabia que existiam num sítio que abro, mexo e remexo diariamente? Como é isto possível? A minha visão está direccionada ou viciada para ver apenas algumas peças?
Não sei. Mas enchi sacos de coisas que não visto há muito tempo e quase podia jurar que duas delas nunca vesti.

"Forbidden Colurs", David Sylvian

Não sei se há cores proibidas, mas há sons e vozes obrigatórias.
Para recordar sempre uma das músicas da minha vida, daquelas que se ouvirá no meu Adeus, o grande, o gigante, David Sylvian.

Feira

Hoje fui à Feira de Cascais. Não ia lá para aí há um ano e confesso que cada vez estou menos fã das nossas feiras. Os preços não são assim estão baratos. A qualidade é o que se sabe. Quando me pedem 15 ou 20€ por uma camisola e 30€ por um casaco, a minha resposta só pode ser que a esse preço vou comprar à loja. Ao que me é respondido que vão buscar as coisas ao mesmo sítio. Até aí tudo bem, mas é uma feira, não pagam rendas de lojas, portanto têm de reduzir os preços.
Conclusão, da feira trouxe apenas meias, 2 cintos e 2 lenços, porque foram as únicas coisas que valia mesmo a pena comprar.
Ah e tal a crise, mas não vejo ninguém a baixar os preços nem ninguém a deixar de vender. Cá para mim a crise só me afecta a mim.

Ontem foi dia de...

Legendary Tiger Man e Microaudio Waves no C.C.B



20 de setembro de 2008

Coisas que só me acontecem a mim

Imaginem que o vosso chefe tem o carro estacionado em 2ª fila. E que chega alguém e lhe liga para tirar o carro. O chefe está numa reunião e liga para mim para tirar o carro. Pego nas chaves e lá vou eu conduzir o mini vermelhinho. Entro no carro que estava muito próximo do carro que o secundava e inteligentemente coloco a marcha atrás e pumba, dou uma grande pancada no carro que estava atrás. Depois de muitos ******** e muitos ********, lá deixei o carro sair e estacionei. Discretamente verifico os dois carros. O mini não tinha nada. O carro em que bati estava tão velho e tão cheio de mossas e riscos que nem sei se lhe causei algum dano. Mau, mau foi entrar no escritório e verificar que os meus colegas já tinham regressado da reunião. Não sei se viram, mas também não disse nada. Assim como assim, o carro ficou intacto.
Mas ********, estas coisas só me acontecem a mim!! Enervo-me e deixo de pensar!

Adolescência

Com o novo trabalho em Lisboa, regressei aos transportes públicos, que são óptimos para ler e para ver a vista do percurso de comboio da linha de Cascais, mas que são péssimos pelas filas para validar bilhetes no metro, pelos metros cheios, pelas mudanças no metro, pelas minhas malas sempre cheias e pesadas, etc.
Mas mau, mau são as conversas no comboio.
Ontem, saí do trabalho a estourar de dor de cabeça. Depois do percurso a pé para o metro, que não é assim tão curto, e da longa viagem de metro, com um estranho nublado e repentino abafado lisboeta, lá chego ao Cais Sodré para apanhar o comboio. Só queria estar sogadita com a cabeça encostada ao vidro e chegar a casa. Mas não. Tenho de levar com 7 adolescente nos bancos da frente. Falam das eleições da escola, a lista não ganhou porque x foi bué porca e porque Y disse que lhe entregaram um boletim de voto já preenchido. E depois como eram apenas 7 e cada uma tinha uma ideia mais brilhante que a outra resolveram começar a falar cada vez mais alto, atropelando-se umas às outras com ideias fabulosas como a coluna de som do amigo que é bué boa para as festas, que era muita fixe alugar o pavilhão da escola para festas, arranjar prémios para um campeonato de futebol, um desfile de moda, tinham de começar a juntar dinheiro para a viagem de finalistas, que Loret era bué fixe, porque tem bué bares e bué animação, etc, etc.
Neste momento de grande excitação destas 7 franguinhas eu já estava a fervilhar por dentro e na minha cabeça só estava a imagem de uma mordaça à volta da boca delas. Isto para vos dar uma imagem bem soft. Insuportável, angustiante, foram 20 mns de puro sofrimento e muita histeria. Infelizmente só saíram na Parede, ou seja, uma estação antes da minha. Mas foi puro alívio. Quando a galinhagem delas parou e o silêncio se instalou, nem sei explicar a serenidade que senti. Estava a ficar louca. E melhor ainda foi quando saí do comboio e consegui sentir uma brisa fresca. Não sei o que se passou ontem em Lisboa, mas subitamente o tempo ficou abafado e insuportável. E a minha cabeça a rebentar....
E não, não tenho saudades nenhumas da adolescência. Obrigada por já estar noutra fase.

Rescaldo da primeira semana em novas funções

Gostava que este post fosse bastante objectivo e sucinto, mas sei que não consigo.
A minha vida nesta semana tem sido feliz, mas muito cansativa. No primeiro dia, muito trânsito, muito sono, nervos controlados. Chegada ao destino, e apesar de serem já 10h, ninguém se encontrava no escritório. Aguardei a chegada de alguém, depois as apresentações e foi logo começar a trabalhar. Formação de backoffice do site, notícias relevantes, elaboração e validação dos textos e das imagens, eventos, passatempos, etc.. Inserção dos mesmos conteúdos na parte do Mobile. Um sem número de coisas. Preocupação: o trabalho vai ser muito e absorvente. Logo no primeiro dia o visionamente de um vídeo em primeira mão. E eu ali com os olhinhos a brilhar.
Apercebi-me ao longo da semana que a minha função tem um nome pomposo, Digital Media Coordinator, mas basicamente sou assistente e faço tudo o que sai um bocado fora das funções dos meus colegas. Mas se estou a adorar? Estou e muito! O meu hobbie tornou-se o meu trabalho!
Estava habituada a ser eu a receber a notificação por mail quando era vencedora de passatempos, agora sou eu que mando mails a notificar os vencedores. Contradições da vida.
O ambiente é descontraido e informal. Há piadas e palavrões a toda a hora. Há stress e uma linguagem de televisão muito própria e que não é a minha, e que vou ter de fazer um esforço para dominar.
Mas também há coisas negativas. Há muita vergonha da minha parte. Aquelas alturas em que não sei se meto conversa e puxo assunto. Normalmente opto pelo silêncio e dedicação ao trabalho. Mas eles são simpáticos. Convidam para almoçar, perguntam se tudo corre bem e metem conversa. Já me apercebi também que ali não há muitos bilhetes e que há coisas para oferecer, mas que não passarão por mim. Porque antes de mim, estão eles que já são da casa. Há também uma linha muito comercial e popular que tem de ser seguida e que me deixa um pouco limitada, mas também não podia ser perfeito, perfeito. Depois há uma coisa muito parva, mas que me deixa um pouco desconfortável, que é o chamado estilo. Digamos que eu tenho um guarda-roupa um pouco formal. As pessoas que me rodeiam, ou têm um estilo desportivo e confortável ou um estilo fashion. E eu estou ali sem estilo definido e sem ter o que vestir. Vou ter de actualizar o meu guarda-roupa.....
Gostei de alguns pormenores como mails de boas-vindas no primeiro dia, achei curioso o mail dos Recursos Humanos que pedem 2 cartas de recomendação de empregos anteriores e CV, isto só mesmo num canal que tem regulamentação internacional. Gosto de ouvir falar de música de manhã à tarde e de por vezes me sentir uma ignorante, porque ouço falar de coisas que nem conheço. Gosto daquele ambiente divertido. Gosto de estar ali a absorver tudo. Gosto de saber de música e de pouco a pouco eles me reconhecerem isso. Gosto desta aprendizagem, mas não gosto de fazer muitas perguntas, mas forço-me a fazê-las para tudo estar perfeito.
Tento adaptar-me pouco a pouco. Estes dias são sempre difíceis. Não gosto de me sentir inferior a todos eles porque têm umas vivências fabulosas e uma segurança invejável. Eu vou conquistar tudo isso. Claro que nesta fase ele pensam que eu sou um pouco calada e tímida. Mas eles que aguardem, porque eu cheguei para ficar!!LOL!

Ontem foi dia de...

American Music Club no Festival B.O.M. no Barreiro


18 de setembro de 2008

Hoje é dia de...

Clã no Du Arte Garden do Casino Estoril.

Às 23:30h. A entrada é gratuita.

"Quanto mais claro/ Vejo em mim, mais escuro é o que vejo./ Quanto mais compreendo/ Menos me sinto compreendido./ Ó horror paradoxal deste pensar... " Fernando Pessoa