Klimt

2 de outubro de 2008

Ainda o Benfica - Sporting

Estava em Fernão Ferro e fui com o meu pai e tio ver o jogo ao café. Só homens à espera de ver o jogo. Sou a única mulher presente. E claro, os castiços do costume. O habitual, que comenta tudo e mais alguma coisa e que passa o jogo inteiro com a mesma piada e ironia e repete-a insistentemente. A única particularidade deste senhor é que tem uma voz que parece um trovão. Ele não fala alto. Ele abre a boca e troveja. Até me assustou ao princípio. Nunca ouvi nada assim.
Mas bonito, bonito é ver um senhor que não consigo explicar como é fisicamente, mas que é bem pequeno, rídiculo e cómico e que de repente quando o benfica marca, vai para o meio do café numa dança meio esquisita em que abre os braços, manda uma perna de cada vez ao ar, dobra o peito e ajoelha-se. E pormenor importante, tira do bolso, o que me parece alecrim e beija-o efusivamente. Há pois é, em Fernão Ferro é que é!

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"Quanto mais claro/ Vejo em mim, mais escuro é o que vejo./ Quanto mais compreendo/ Menos me sinto compreendido./ Ó horror paradoxal deste pensar... " Fernando Pessoa