Klimt

14 de dezembro de 2008

Intimidades

O momento em que olhos nos olhos nos confessamos. O momento em que as máscaras caem e em que se revela o nosso eu. O momento da amizade. O momento da confissão. O momento da Intimidade. As lágrimas que correm pela face. Olhos nos olhos. Limpas pelo meu/nosso olhar. Pelo silêncio. Pela cumplicidade. Pelo respeito. Pela amizade. Olhos nos olhos. Escuto-te. Ouço-te em revelações de dor. E envolvo-te num abraço.
Não gosto de máscaras. Não gosto que não assumam fragilidades, medos, lágrimas, erros. Porque não? És mais fraco por quebrares e abrires o teu coração, a tua alma, por te mostraes humano e com sentimentos? Não. És nobre, corajoso, autêntico, verdadeiro. Só os fracos sofrem? Todos sofremos. Admiro os que se revelam com autenticidade. Despidos da personagem. Momentos de intimidade, de alma rasgada e coração revelado são momentos de profunda admiração. A opção pelo mundo do ser só é tomada pelos fortes. Revelam-se ao mundo deles, aos que merecem a partilha. Assumem-se. Abrem-se aos que vos olham nos olhos e em silêncio. porque o momento é teu. E despido te revelas e fortaleces os laços.

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"Quanto mais claro/ Vejo em mim, mais escuro é o que vejo./ Quanto mais compreendo/ Menos me sinto compreendido./ Ó horror paradoxal deste pensar... " Fernando Pessoa