Into the wild

"Into the wild" é como me sinto após ver o filme. Perdida no meio das imagens e das vivências do filme. Coisas, são apenas coisas o que temos, o que desejamos, apenas isso. Valem o que valem. Pouco ou mesmo nada.

"Antes do amor, dinheiro ou fama, dêem-me a verdade", citação de Thoreau no filme "Into the wild".

É também citado o escritor Tolstoi:

"“I wanted movement and not a calm course of existence. I wanted excitement and danger and the chance to sacrifice myself for my love. I felt myself in a superabundance of energy which found no outlet in our quiet life.”

Ele próprio chega à conclusão que "Happiness is only real when shared" e aproveito para citar novamente Tolstoi:

"O objetivo primordial e necessário de toda a existência deve ser a felicidade, mas a felicidade não pode ser obtida individualmente; é inútil esperar-se pela felicidade isolada; todos devem compartilhar dela ou então a maioria nunca será capaz de gozá-la."

O filme sente-se. As marcas de uma vida. O abandono de tudo, até da própria identidade e a procura da simplicidade. O vagabundear ao encontro de algo..as pessoas que se cruzam no caminho,o impacto que causam, a forma como cada encontro pode mudar vidas. Lembro-me do velhote que perdeu a família, que se isolou, que quis adoptar o vagabundo sem rumo, que chorou no adeus e que subiu ao topo de um monte respondendo ao desafio de Chris e diz: "When you forgive, you love. And when you love, God's light shines upon you", e nesse momento o sol brilha e as nuvens afastam-se.Riem-se os dois e disfrutam o momento.
Perturbador. Intenso. Corajoso. Sincero. Simples. Forte. Gostei bastante.
Sean Penn como realizador, no seu melhor. Um jovem actor a ter debaixo de olho.