Klimt

4 de dezembro de 2007

Peça "A última ceia"

Ontem fui ao teatro ver a peça "A última ceia", no teatro da Escola Politécnica. Durante a peça era servido um jantar. Isto era o que eu sabia da peça. Ah, e que era encenada pela Mónica Calle e que era baseada na peça de Tchekov, " O Cerejal".
O que eu não sabia era que a peça era à volta da mesa, com os 25 espectadores e os actores à volta de uma mesa de jantar. E éramos servidos pelos actores entre actos.
Um ínicio estranhissimo e eu sem perceber o que se avizinhava. Mas a peça lá decorreu entre pratos e vinhos sem eu perceber bem do que se tratava e que encenação era aquela. Mas gostei da abordagem, da interpretação. Da diferende forma de linguagem e comunicação.
No 4º acto pegam em livros e perguntam ao público se se importa de ler. Primeiro ao meu irmão e indicam-lhe a personagem, depois a mim, depois a outros. Ou seja, durante o 4º acto nós fomos lendo e sendo actores da peça juntamente com os actores. Houve excelentes interpretações, apontamentos de humor, distracções, mas gostei imenso. Não tive muita vergonha porque pensava que só tinha uma fala e eram apenas duas curtas frases. Mas durante a leitura muitas falas se seguiram, e estava a ser tão divertido que perdi a vergonha e deixei-me levar pela leitura e pela interpretação daquele 4º acto. Nem me lembro do nome da minha personagem, tinha um nome estranhissimo, qualquer coisa como Liubov Anidemova, algo parecido com isto. E foram os meus 15 minutos de fama, entre muitos risos e algum nervosismo. E disseram que eu tinha uma boa voz.

Um comentário:

Luis disse...

essa peça deixou-me muito curioso... beijinhos
Luis

"Quanto mais claro/ Vejo em mim, mais escuro é o que vejo./ Quanto mais compreendo/ Menos me sinto compreendido./ Ó horror paradoxal deste pensar... " Fernando Pessoa