Com alguns dias de atraso, mas não tem havido mesmo tempo…
O André nasceu e foi bom vê-lo com a mãe na Maternidade depois do susto que foi saber à distância que o parto não estava a ser fácil. Mas tudo correu bem e o André cá está, lindo e forte! Como a Cáti menciona nos Devaneios, também eu recordo aquela noite em que no café a Bel contou à Cáti e a mim que estava grávida. As dúvidas, o receio, a não aceitação, todo o contexto desse momento era tão desfavorável. Recordo as lágrimas da Cáti e o pedido para não desistir. E eram lágrimas daquelas que não sei adjectivar. Falava-se de vida. Foi muito comovente. Eu sentia-me incrédula perante a força, a convicção e a crença daquelas duas mulheres. Só pessoas especiais conseguem ter aquela força. Fiquei muito comovida e só pensava no quão corajosa era preciso ser. A verdade é que como disse aqui na altura, quando ainda quase ninguém sabia, a vida acontece. E aconteceu. Tudo mudou, tudo melhorou, tudo aconteceu. Hoje estamos perante um sonho realizado e uma família feliz e babada. E sempre que eu fraquejar, vou lembrar-me desta história. E não é à toa que aqui lhe chamam mãe coragem. Porque é de coragem, mesmo de muita coragem que hoje aqui falo. O André tem uma mãe na qual se deve orgulhar muito e tem uma história da qual se deve orgulhar. Porque ele estaria cá, independentemente de tudo, contra tudo e contra todos. E são histórias como esta que me fazem admirar os meus amigos cada vez mais.
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