Klimt

16 de junho de 2008

Correr para a casa. Lugar de abrigo. Esta coisa de não parar dá sempre nisto. Aborrecimento e recolhimento. Preciso do silêncio e de estar assim perdida comigo. Porque me sinto longe dos outros. Não triste, não deprimida, não desiludida. Apenas ausente. E quer-se essa ausência aqui no sofá. E luta-se contra ela. Indo. Caminhando. Fugindo ao recolhimento que chama por mim. Não sei as razões. É uma falta de tudo, que só aqueles que não sabem o que querem, ao que vão, o que sentem, quem são, só esses sabem o que sentem. Nem eu sei como explicar estes momentos. São apenas momentos. Mas nestes momentos apetece-me apenas estar assim, no meu sofá, no meu mundo.

Mas sigo, sigo, sigo, porque o mundo, esse não pára e não espera por mim.

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"Quanto mais claro/ Vejo em mim, mais escuro é o que vejo./ Quanto mais compreendo/ Menos me sinto compreendido./ Ó horror paradoxal deste pensar... " Fernando Pessoa