Klimt

3 de setembro de 2008

"Mamma Mia"

Ontem fui ver a ante-estreia deste filme. A projecção foi na Fortaleza da Cidadela de Cascais, cinema ao ar livre, numa noite que se queria mais quente. Não estava à espera de uma grande obra-prima, nem de um filme de culto.



Mas o filme começa e somos logo conquistados pela paisagem paradisíaca das ilhas gregas. Só apetece fazer pause no filme e partir. E a partir daí meus amigos, é só diversão. Um filme leve e divertido. Uma banda sonora que se canta do princípio ao fim com o pezinho constantemente a saltitar. Um excelente filme para o fim de Verão. Porque só apetece que ele não acabe. Só apetece partir, fazer coisas parvas e diversão. Dançar, dançar e cantar até não podermos mais. Saí de lá com aquele sorriso parvo, de quem está feliz apenas porque está. Como vemos no filme, os momentos felizes são simples. Um mergulho com os amigos, uma paixão, uma noite de copos e diversão, um jantar, uma celebração, uma canção, os amigos, a família.

E depois há esta senhora. E esta senhora é….assim qualquer coisa que não sei bem adjectivar. Adoro-a no registo dramático (o que eu chorei no “África Minha” e n’«As Pontes de Madison County») e adorei-a no registo cómico e musical. A beleza e a frescura desta grande actriz! E a beleza de quem não tem um rosto tipicamente belo, mas que tem aquela beleza que vem de dentro, da força, da inteligência, do magnetismo, da doçura. E durante o filme só pensava que queria ser como aquelas 3 amigas, quero ter 50 anos com aquele brilho, alegria e espírito adolescente. Com momentos vividos para recordar e rir, com palermices para recordar e não acreditar que aconteceram. Quero saltar na cama e sentir-me jovem novamente. Este filme é tão simples, tão simples, que na sua simplicidade me faz querer tão pouco e nesse tão pouco sentir-me tão bem. E hoje, a noite e os sonhos foram ao som de “ You can dance, you can jive, having the time of your life/uuuuuu/See that girl, watch that scene, digging the Dancing Queen (...)". E porquê? Porque meus amigos, a seguir ao filme, tivémos uma sessão de Karaoke em que foram entoados muitos destes clássicos dos Abba. Não conseguia parar de cantar e de dançar. Estava possuída pelo espírito dos Abba. Desceu em mim e ficou. No regresso a casa, rádio desligado, prego a fundo Marginal afora e a minha voz de rouxinol a cantar estridentemente as músicas dos Abba! Ridícula? Infantil? Quem eu? Nããããããooooo!!!!

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"Quanto mais claro/ Vejo em mim, mais escuro é o que vejo./ Quanto mais compreendo/ Menos me sinto compreendido./ Ó horror paradoxal deste pensar... " Fernando Pessoa