Klimt

8 de setembro de 2008

Ainda sobre o fim-de-semana

Um fim-de-semana cheio de planos que caíram por terra e que o tornaram surpreendente e cheio.
Estava tudo combinado para este ser um fim-de-semana de Avante. Mas não foi. A chuva torrencial que se fez sentir na sexta-feira e o alerta amarelo anunciado para sábado, fizeram com que os bilhetes fossem vendidos, atitude um pouco precipitada da nossa parte. Não se pode acreditar assim na meteorologia!
Sexta-feira dedicada ao aniversário da amiga Rosa Branca. Sem vontade nenhuma de sair de casa (cheia de dores de cabeça e cheia de vontade de me aninhar no sofá a ver um DVD), meto-me à estrada cheia de lençóis de àgua, cheia de carros, conduzindo bem devagarinho e com muito cuidado. Chegada ao ponto de encontro, vamos em direcção ao restaurante, mas quando a aniversariante não sabe onde é o restaurante, a coisa complica-se. A indicação é que se situa na Duque de Loulé. Mas não vemos nenhum restaurante. E lá vou eu com a Marieta procurar o restaurante. Curioso é que naquela Avenida há muitos bares de alterne e clubes de strip. E lá fomos nós, molhadas até aos ossos, perguntar aos porteiros onde é o restaurante X, restaurante que ninguém conhece. Foi um belo tour pelos bares de tão famosa avenida. Desistimos e voltamos ao ponto de encontro. Depois de muita confusão, nomes de restaurante trocados, moradas do restaurante y com o nome x, lá encontrámos um restaurante Goês que não era o inicialmente previsto, mas que serviu na perfeição. Entre comida picante, garrafas de vinho, amigos imaginários e desafios, houve muita risota e animação. A noite continua num bar no Cais Sodré onde não há ninguém para além de nós. Música dos anos 80, empregados que parecem saídos de um filme de terror, conversa bem arisca, imperiais, non sense e muita, muita gargalhada. Rumo ao Tokyo para terminar a noite com mais música dos anos 8o, muita coreografia, desafios e coreografias bem ousadas e novamente muita gargalhada. Chegada ao carro, o alarme não funciona. Não dá sinal de vida e não consigo abrir o carro.Merda, merda! Fico a dormir em casa da Marieta. E foi uma noite cheia de rons rons e arranhadelas. E porquê? Porque as carinhosas e amigáveis gatas da Marieta não quiseram que eu dormisse sozinha e passeavam por mim acima, porque sou fofinha e molinha!
Sábado amanhece solarengo e quente. Boleia para ir buscar a chave que bloqueia o alarme a casa,
almoço fantástico de bacalhau no forno em casa da Marieta e uma vontade enorme de ir ao Avante. Arrependimento pela venda das EP's...Contacto ao pai de uma amiga da Marieta e sorte das sortes, dois bilhetes à borla para sábado. Rumo ao Avante para mais diversão. E foi bom andar no meio da multidão, pelas tascas deste país bebericando e petiscando. E só mesmo vendo a nossa mesa de queijo, presunto e pão que deu para nós, para quem apareceu e ainda sobrou para o dia seguinte. Só foi pena não ter visto a Carolina. É bom estar na Festa que é muito mais que um encontro político. É mesmo uma Festa com boa música, boa comida, boa pinga e boa gente. E que pena não ir no Domingo....
Domingo em casa sem fazer nada. A anhar, a arrumar isto e aquilo. A Cáti convida-me para uma caminhada pelo paredão e uma ida ao Santinni. E que bem que soube. Uma tarde linda e quente, uma paisagem magnífica, excelente companhia, um gelado de comer e chorar por mais, o descomprimir, o relaxar, o serenar. É bom viver aqui, perto do mar.
Regresso a casa e retiro livros das prateleiras. É chegada a hora de começar a esvaziar o quarto.
Venham mais fins-de-semana assim. Cheios de coisas, cheios de beleza, animação e entre amigos

Um comentário:

Anônimo disse...

Vê lá se não foi outro fim de semana em grande!!! Q venha a festa dos Chocalhos!!

"Quanto mais claro/ Vejo em mim, mais escuro é o que vejo./ Quanto mais compreendo/ Menos me sinto compreendido./ Ó horror paradoxal deste pensar... " Fernando Pessoa