13 de abril de 2007
A minha avó e eu
A minha tia partiu um braço e a minha velhina avó está comigo. Os meus pais estão em Fernão Ferro com o meu tio avô porque a minha tia avó está hospitalizada. Chego tarde das aulas. Ela pergunta preocupada se chego sempre a esta hora. Diz que devo andar muito cansada. Janto a minha sopa. Lavo a louça do dia. Varro a cozinha e limpo a casa-de-banho e lavo o chão de ambas as divisões. São 23h.A minha avó diz que tenho de descansar. Levo a minha avó à casa de banho e deito-a. Dou-lhe um beijo na cara e outro na testa. Ela dá-me muitos daqueles beijinhos pequeninos e muito seguidos que só ela sabe dar. A minha velhinha avó dorme. Sento-me aqui a escrever. Tudo me corre mal mas ainda tenho forças. Mais um dia....
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"Quanto mais claro/
Vejo em mim, mais escuro é o que vejo./
Quanto mais compreendo/
Menos me sinto compreendido./
Ó horror paradoxal deste pensar... "
Fernando Pessoa
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