30 de outubro de 2008
29 de outubro de 2008
Hoje é dia de...
26 de outubro de 2008
Sábado de calor
E gostava que este fim-de-semana de sol e calor se prolongasse por mais dois dias, ou três, ou quatro...
22 de outubro de 2008
Crónica de costumes
Ele actualizou-se e agora a música é hip-hop, ele faz um batuque na caixa em que lhe colocam as moedas e a musiquinha dele é um rap, qualquer coisa como "bon-bon-da-de-de de me au-au-xi-li-ar-li-ar", acompanhado do batuque. Freestyle à séria. Temos rapper!
É muito feio estar a gozar com isto, mas quando o ouvi pela primeira vez não pude deixar de rir! É que é mesmo cómico!
20 de outubro de 2008
Apoio incondicional
Nestes momentos em que a doença do familiar de uma amiga, e não é um familiar qualquer, é uma avó, daquelas avós que fazem parte do nosso esqueleto, da nossa estrutura, do que somos e seremos. Nesses momentos queremos ajudar e fazer tudo, mas pouco podemos fazer. Apenas ligar, uma sms, enviar um abraço apertado, um beijo. Queremos estar presentes. E nesses momentos essas sms valem tanto, mas tanto. Aqueles que como eu sofrem em silêncio, porque só nesse silêncio conseguem viver essa dor dilacerante, sabem o quão importante é aquela meia dúzia de palavras escritas. Porque qualquer tentativa de falar com alguém sobre o que se sente é impossível, é acompanhada por um mar de lágrimas, voz embargada e um soluçar ininterrupto. É impossível falar ou dizer o que se sente, porque o que se sente é tanta dor, tanto sofrimento, tanto medo que não se consegue verbalizar nada. Vive-se em silêncio e com diálogos interiores constantes. E eu percebo o que isso é. O que te quero dizer, o que te queremos dizer é que estamos todos contigo neste momento. Um onda enorme de energia positiva emana de nós para a tua avó, um abraço conjunto e daqueles bem fortes envolve-vos, as nossas mãos enxugam as tuas lágrimas e dão-te a mão. Estou contigo para o que precisares, seja o que for. Descansa. Precisas de ser forte.
Eu sei o que sentes da forma mais dolorosa. E só te posso dizer isto, a esperança existe, no pior cenário. É manter a esperança e estar presente, dar a mão, falar, porque ela percebe-te, lê-te, sente-te. É dar amor.Muito. Sempre.
18 de outubro de 2008
13 de outubro de 2008
10 de outubro de 2008
A crise, a crise, a crise....ah, é verdade, a crise
Eu sei que isto está mau, eu sei que as bolsas estão em queda, eu sei que a minha prestação vai aumentar, que a criseveio para ficar não se sabe até quando, mas deixem-me ignorar, impeçam esta minha ansiedade sempre que ouço estas notícias, deixem-me abolir momentaneamente a palavra crise do meu dicionário.
Mas amanhã e depois de amanhã, e depois, e depois, lá vai estar ela...crise...crise...crise..crise...
7 de outubro de 2008
Na luta política há sempre dois pesos e duas medidas
Pois é, ah e tal confrontar ideologias políticas, ah e tal não falar de vida privada, ah e tal ah e tal.
E agora espreitem isto..
Ah pois é, por aqui se vê quem sabe fazer política!
By the way, I HATE SARAH PALIN!
4 de outubro de 2008
Antepassados
3 de outubro de 2008
Crónica de costumes
No Cais do Sodré, nas escadas que sobem do metro para os comboios está sentada uma senhora de meia-idade, muito forte, com as pernas ligadas com ligaduras (desculpem a redundância). Todos os fins de tarde lá está ela sentada. Num destes dias, eu ia apanhar o comboio e vejo um rapaz negro e jovem a falar com ela. Não percebi bem o que diziam, mas ela falava do problema que tinha nas pernas. Passei e pensei que estava a pedir esmola e a explicar ao rapaz o problema de saúde que tinha. Nem liguei muita importância aquilo.
Tenho uma memória de merda e raramente consigo citar qualquer coisa que leio. Mas tenho uma excelente memória fotográfica. Dificilmente esqueço uma cara.
Hoje lá ia eu para o comboio. E coincidência das coincidências, o rapaz vinha à minha frente. Quando passou pela senhora, parou e perguntou-lhe: "Então como se sente hoje?" E a senhora lá lhe respondeu que se sentia melhor, que estava a recuperar.
Eh pá, e eu fiquei sensibilizada. Aquele rapaz deve passar ali todos os dias e deve perguntar à senhora pela saúde dela. Não faz como eu e os restantes que passa a correr a pensar no comboio que vai apanhar. Pára e dedica alguns momentos de preocupação e de atenção aquela senhora que eu também vejo todos os dias e que todos os dias ignoro.
Novo mundo
A História recente, para mim demasiado recente, fala em 6 milhões de mortos no Holocausto, guerra que afectou o país em causa.
O mundo em que eu vivo está cego, surdo e esquecido. No mundo em que eu vivo algo vai mal.
"(...)I have a dream that my four little children will one day live in a nation where they will not be judged by the color of their skin but by the content of their character.
(...)
And when this happens, when we allow freedom to ring, when we let it ring from every village and every hamlet, from every state and every city, we will be able to speed up that day when all of God's children, black men and white men, Jews and Gentiles, Protestants and Catholics, will be able to join hands and sing in the words of the old Negro spiritual, "Free at last! free at last! thank God Almighty, we are free at last!"
Marthin Luther King
Continuamos anos depois a ter o mesmo sonho....
"Another World" by Antony & The Johnsons
"Another World" by Antony & The Johnsons
O novo single do novo álbum de Anthony, cantor misantrópico, depressivo, melancólico é uma vez mais magnífico. Adoro esta melodia serena, triste e arrepiante, esta voz peculiar e única.
"I need another place...
I need another world..."
Precisamos mesmo de um outro mundo....
Para ouvir e sobretudo sentir!
2 de outubro de 2008
"Mamas vejo eu todos os dias..."
Bom para ele!
Ainda o Benfica - Sporting
Mas bonito, bonito é ver um senhor que não consigo explicar como é fisicamente, mas que é bem pequeno, rídiculo e cómico e que de repente quando o benfica marca, vai para o meio do café numa dança meio esquisita em que abre os braços, manda uma perna de cada vez ao ar, dobra o peito e ajoelha-se. E pormenor importante, tira do bolso, o que me parece alecrim e beija-o efusivamente. Há pois é, em Fernão Ferro é que é!
Crónica de costumes
Numa destas tardes, de regresso a casa, saio do metro e no corredor que antecede as escadas para o comboio ecoa uma voz bem estridente. Não percebo se são gritos ou alguém a cantar, porque é muito ritmado. Aproximo-me e é uma senhora negra com uma t-shirt que diz qualquer coisa sobre Jesus Cristo e que provavelmente está a tentar evangelizar os passageiros apregoando bem alto que Jesus é Vida e Esperança.
Surreal!
Teste à minha paciência
Segunda-feira de manhã, por volta das 9h30, 9h45. Visita a essa casa tão respeitada por todos nós, que é o Banco, mais propriamente a CGD da Parede. Tirei as senhas para o balcão de atendimento do Crédito e para as Caixas. Como era o nº a seguir para o Balcão do Crédito e as Caixas estavam com uma grande demora, aguardei por ser atendida no Crédito. Duas pessoas a atender. Uma delas fica livre e olho para o painel electrónicoà espera que o nº pisque. Espero, espero e nada. A senhora bancária mexe em papelada e pastas. E eu espero. Entretanto outra senhora bancária chama uma colega, mas a colega responde que já tinha ido. A senhora bancária que mexia em papelada pergunta se ela vai sair, a outra responde que sim e lá vai a senhora bancária que me deveria atender a sair rapidamente para o seu pequeno-almoço. E eu sentadinha a pensar no que poderia fazer: barro-lhe o caminho e confronto-a com a sua saída com um cliente à espera e sem nenhum colega para a substituir? Aguardo e escrevo no livro de reclamações? Ou passo-lhe uma rasteira discreta e espero que ela se espalhe no meio do chão? Enquanto pensava em tudo isto ela lá saiu para a sua pausa ou pequeno-almoço. Nada contra. Claro que a senhora tem direito. Mas só neste país, com apenas dois bancários a atenderem, com um cliente à espera é que alguém ignora tudo isto e sai para beber o seu galão, o que é muito urgente, tão urgente que nem pode esperar pelos colegas. É que arrefece. Há que perceber isso. E aquela hora é vê-los entrar e sair em grupos. Nervos, nervos, nervos. E ali fiquei eu à espera.
Mas não fica por aqui. Dirijo-me em seguida às caixas e qual não é o meu espanto quando vejo que está apenas uma caixa em funcionamento. Estão para aí 14 pessoas à espera. Na outra caixa está uma senhora que mexia muito no computador, levantava-se , mexia em papéis e voltava ao computador, se calhar a fazer algo muito importante, mas não haverá mais computadores? E os bancários que estão atrás a fazer não sei o quê, não poderiam abrir mais uma caixa para atender as pessoas, na sua grande maioria pessoas de idade e que aguardam em pé? As pessoas reclamam, claro, mas baixinho. Felizmente, como tinha tirado as duas senhas, fui atendida logo a seguir. E saí a pensar no bizarro desta situação e arrependida por não ter reclamado, mas depois de tanto tempo de espera, não tive tempo para escrever. E é assim que nos desgastamos, enervamos e perdemos tempo à espera.
E nestes momentos pergunto onde estão os coordenadores, chefes desta gente? Provavalmente também a beber a merda do café ou do galão!
Ontem foi dia de...
Quando recebi o e-mail pensei logo em cortar-me. Não queria ir, não conseguia ir. Só ouvia falar em roupas para os apresentadores, músicos a chegar de limusine, pensar em toda em gente em grupo a falar animadamente e eu completamente deslocada, a sentir-me mal. Não era a minha gente, o meu ambiente e ia sentir-me muito tímida e deslocada.
Mas pensei que tinha de quebrar barreiras, testar-me a mim própria e sobretudo não desistir sem tentar. Isto da vergonha e da timidez é muito complicado de gerir...mas este é o meu teste mais difícil de passar, o meu maior medo e há que ultrapassar isto. I'm not a little girl anymore e acaba por se tornar ridículo. Rapariga, tens quase 30 anos! Faz-te uma mulher!
E aceitei. Respondi que estava ali há tão pouco tempo que não esperava ser convidada, mas que iria. A resposta foi: "Claro! Agora és team!" E é assim que me tratam sempre tão bem!!
E lá fui eu com um friozinho na barriga. Cheguei tímida e acompanhada pelo amigo cigarro que nestas alturas dá um jeitaço. Lá me dizem para me juntar ao grupo. As minhas colegas todas lindas. Dois dedos de conversa e vou levantar a pulseira, pulseira que me dá livre acesso à área reservada e a bar aberto. Os artistas nomeados chegam de limusine e a malta da equipa faz de público fervoroso e entre palmas e gritos criamos o ambiente para a chegada dos artistas enquanto os apresentadores lhes fazem uma pequena entrevista à chegada. Depois foi jantar com artistas ali mesmo ao lado. Não troquei uma palavra com nenhum deles, claro. Mas falei com os colegas, libertei-me um pouco mais e foi divertido. Foi estar com eles num ambiente ainda mais informal. Conhecer algumas pessoas que desconhecia (uma está de licença de maternidade e outra trabalha em Milão). Depois do jantar um colega a meter música e festa aberta a toda a gente que por lá passou. Uma amiga, cuja cunhada trabalha numa empresa que trabalha para o nosso canal apareceu por lá e o fim da noite foi passado a falar com elas à porta.
Foi bom ter ido. Prova superada. Hoje até o dia foi mais descontraído. Como tem de ser. Como eles são, descontraídos e divertidos. E eu trabalho ali, portanto há que superar isto.
Custou um bocadinho....mas depois passou.