O FMM foi um misto de sentimentos e momentos. Teve momentos de alegria e diversão, teve momentos de dor e angústia e teve momentos de ausência. Estive ausente do FMM. Estive focada numa única coisa. Queria que acontecesse? Queria. Consegui reagir a essa presença? Não! Sou naturalmente assim. Fecho-me nos meus medos e fragilidades. Sinto-me inferior. Não sou. Não posso ser/reagir assim.
O FMM foi música, mas com um cartaz fraco, bem diferente do ano passado. Foi uma viagem divertida com ultrapassagens loucas a três e algum receio da minha condução, foi tenda com casulos, foi manhã de chuva na tenda, foi dormir ao relento, foi ver-te e encontrar-te noutro registo, foi sentir-me mal, foi divertir-me, beber e estar para além de Bagdad, foi stress e agitação, foi magoar amigos, foi estar fora de mim, foi desejar-te, foi farnelar na tenda e na praia, foi prisão de ventre geral e muita conversa de merda, foi golfinhos e hienas à venda, foi riso e diversão, foi loucura, foi confraternização com um vizinho de tenda que me chamava Mary Jane e que nos oferecia simpaticamente cerveja e whisky cola num convívio saudável e simpático, foi os meus pés pretos de tanta sujidade. Foi bom. Não foi perfeito para mim. Sei que quero loucura, copos, diversão, humor, mas com mais tempero. É isso que quero. Não quero limitar-me apenas a um registo. Quero diversidade. Estive mal em muitos momentos. Sobretudo com os amigos. Sobretudo porque não me aceito. Mas estamos juntos e estaremos. Com toda a nossa diversidade.
Gostei de estar lá porque encerro um capítulo. Porque preciso de gostar de mim. Porque realmente quero muito mais que aquilo. Quero aquilo em grande.
Houve noites frias, dias de praia quente, muitos mergulhos, música, refeições em família e a horários certos, misturas loucas de comida, sandes de frango com queijo derretido pelo calor e regadas a azeite, bolachas barradas com nutela quente pelo sol da praia e comidas com tanta gulodice, galheteiros de cachos de uvas, bebedeiras (uma bem grande e bem divertida para todos, menos para mim que fui para um sítio longínquo) e vómitos, madrugadas, dormir pouco, mãos dadas com ídolos de rádio, escaldões, pequeno-almoço no chão da tenda, borlas nos bilhetes, "rolinhas", houve muita coisa e parece que passámos lá mais dias do que os que efectivamente passámos.
Para mim não foi fácil, mas olhando para trás, o balanço é positivo. Estive mesmo para além de Bagdad. Obrigado por estarem comigo. E desculpem tudo aquilo em que estive mal.
2 comentários:
Para lá de bagdad há caminhos.
Só tens é de descobrir o teu.
nem mais. a maturidade e sapiência da mary sempre a bombar!
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