Klimt

11 de abril de 2008

Os dias das pequenas coisas

Gosto dos dias assim. Dias de pequenas coisas. Acordar depois de uma noite bem dormida, tomar aquele banho retemperador e revigorante. Ter tempo para tudo. Sair de casa a sentir-me bem. Sentir a temperatura fria e os tímidos raios de sol. Chegar ao trabalho e encontrar o silêncio. Tomar um café bem quente, apesar de pouco forte. Ligar o computador e serenamente iniciar o inevitável dia de trabalho. Ajuda ser o último desta semana. Trabalhar muito. Ver as tarefas a desaparecerem e o trabalho a render. Não parar e não sentir aquela falta de estímulo e odesânimo. Trabalhar num impulso. Breves paragens para café ou para uma piada. Sentir-me serena e eficaz.
Sair do trabalho e dirigir-me calmamente a casa. Arrumar uma coisa e outra, fazer o jantar, ver o que é necessário fazer amanhã. Sentar-me ao computador, passar o olhar por alguns jornais, pelos habituais blogs e sites de música. Organizar a agenda dos espectáculos e das coisas a ver.
Aquecer a pequena e apetitosa fatia de pizza, porque hoje é dia de pequenos pecados alimentares. Comê-la à boa maneira solitária, no sofá com o prato em cima do tabuleiro colocado em cima dos joelhos enquanto se vê o telejornal.
Agora descanso e escrevo. Daqui a pouco arrumo a cozinha e preparo-me para sair e ver o mundo.
Gostava que todos os dias pudessem ser assim. Ou que em todos os dias sentisse esta doce serenidade dos dias tranquilos, com as pequenas coisas que pelo menos não nos deixam tristes. E é tão bom!

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"Quanto mais claro/ Vejo em mim, mais escuro é o que vejo./ Quanto mais compreendo/ Menos me sinto compreendido./ Ó horror paradoxal deste pensar... " Fernando Pessoa