26 de setembro de 2007
ai este vinicius...(dizia-me a Sílvia)
"Quem já passou por essa vida e não viveu
Pode ser mais, mas sabe menos do que eu
Porque a vida só se dá pra quem se deu
Pra quem amou, pra quem chorou, pra quem sofreu
Ah, quem nunca curtiu uma paixão nunca vai ter nada, não
Não há mal pior do que a descrença
Mesmo o amor que não compensa é melhor que a solidão
Abre os teus braços, meu irmão, deixa cair
Pra quê somar se a gente pode dividir
Eu francamente já não quero nem saber
De quem não vai porque tem medo de sofrer
Ai de quem não rasga o coração, esse não vai ter perdão
Quem nunca curtiu uma paixão, nunca vai ter nada, não"
Vinicius de Moraes
Pode ser mais, mas sabe menos do que eu
Porque a vida só se dá pra quem se deu
Pra quem amou, pra quem chorou, pra quem sofreu
Ah, quem nunca curtiu uma paixão nunca vai ter nada, não
Não há mal pior do que a descrença
Mesmo o amor que não compensa é melhor que a solidão
Abre os teus braços, meu irmão, deixa cair
Pra quê somar se a gente pode dividir
Eu francamente já não quero nem saber
De quem não vai porque tem medo de sofrer
Ai de quem não rasga o coração, esse não vai ter perdão
Quem nunca curtiu uma paixão, nunca vai ter nada, não"
Vinicius de Moraes
Lançamento da TimeOut Lisboa
Vou mesmo comprar casa
Casa reservada. Simulações feitas. Uma manhã a ouvir falar em spreads, carências, taxas fixas, etc, etc. Falta ver mais dois banco e tomar uma decisão...A vida começa a complicar-se...
Police em Portugal
Um Estádio Nacional a meio gás, uma noite fria e lendas em palco. Bom som, boa presença, boa música. Não tendo sido um concerto fabuloso, foi bom ouvir "Roxane", "King of Pain", "Message in a bottle" e outros hits. Seguem os vídeos amadores e bem tremidos.
"Les Uns et les Autres"
Um filme a ver. No início lê-se: "Só há 2 ou 3 histórias na vida dos seres humanos e repetem-se tão cruelmente como se nunca tivessem acontecido" Willa Cather
2ª Guerra mundial, 3 cidades diferentes, 3 histórias que se cruzam e se repetem de geração em geração. Porque o nosso passado influencia a nossa vida.
2ª Guerra mundial, 3 cidades diferentes, 3 histórias que se cruzam e se repetem de geração em geração. Porque o nosso passado influencia a nossa vida.
23 de setembro de 2007
Jorge Palma no Olga Cadaval
Na sexta feira fui ver o Jorge Palma ao Olga Cadaval e não gostei. Aquele ambiente de evento social, todos confortável e silenciosamente sentados, a distância do palco...onde estavam as pessoas simples que gostam de música e que não se passeiam a exibir o último modelito?Mas grande Jorge!O ambiente não estava criado, mas a música vale sempre por si! "Na terra dos sonhos podes ser quem tu és, ninguém te leva a mal...."
19 de setembro de 2007
Marco Aurélio: "Nós somos feitos para cooperar...."
"Nós somos feitos para cooperar, como os pés, como as mãos, como as pestanas, como os dentes de cima e de baixo. Agir uns contra os outros é portanto contrário à Natureza.Não actues como se fosses viver dez mil anos. A morte paira sobre ti. Enquanto vives, enquanto depende de ti, sê bom.Os homens buscam o isolamento, no campo, à beira mar, nas montanhas e têm tendência a desejar muito essas coisas. Mas isso é uma característica dos homens mais vulgares, porque está ao teu alcance, sempre que quiseres, isolar-te em ti mesmo. De facto, em lado nenhum, por mais tranquilo e mais livre de problemas que ele seja, um homem consegue isolar-se mais que na sua própria alma, particularmente quando ele possui dentro de si pensamentos que, ao encerrar-se neles, o tornam de imediato perfeitamente tranquilo. Portanto, afirmo aqui que a tranquilidade não é nada mais nada menos que o perfeito ordenamento da mente.Todas as coisas estão tecidas em conjunto e a sua ligação é sagrada, sendo difícil que uma coisa seja estranha a outra, porque elas foram dispostas em conjunto nos seus lugares e em conjunto formam o mesmo Universo ordenado. Isto acontece porque existe apenas um Universo entre todos, um Deus entre todos, uma substância e uma lei, uma Razão comum a todas as criaturas inteligentes e uma Verdade. Toma pois frequentemente em consideração a ligação entre todas as coisas do Universo. Não devemos dizer “sou Ateniense” ou “sou Romano” mas sim “sou cidadão do Universo”.O tempo é como um rio de corrente violenta, feito de eventos que se sucedem. Mal uma coisa acontece é levada, outra coisa toma o seu lugar e esta será por sua vez levada.Aquele que viu as coisas presentes viu todas as coisas, tanto as coisas que aconteceram desde o princípio dos tempos como todas as que acontecerão no tempo sem fim. Porque todas as coisas são de um tipo e de uma forma."
Marco Aurélio
Marco Aurélio
18 de setembro de 2007
E acho que vou ter casa
Acho que a casa foi escolhida ou me escolheu, apesar de eu ainda não estar muito convencida, mas é uma excelente oportunidade e tem de ser agarrada. Parece que é desta...agora é bancos, simulações e afins...e acho que fiquei com medo...
17 de setembro de 2007
«A verdadeira liberdade é podermos tudo por nós»
«A verdadeira liberdade é podermos tudo por nós»
Montaigne
E eu vou conseguir!
Montaigne
E eu vou conseguir!
Estou farta de tentar acertar com o modelo do meu blog
Estou farta de tentar acertar com o modelo do meu blog. Já experimentei vários modelos, tipos de cores, tipos de letras e não estou nada satisfeita com o resultado final. Aceitam-se sugestões e dicas. Este blog precisa da vossa ajuda!Desesperadamente!
Rótulos
Será preciso sermos rotulados? Eu diria que não. Mas passamos o tempo a rotular as pessoas. A questão é que a natureza humana não é assim tão simples....
Uma simples verdade
Leio num blog: "as pessoas ou querem fugir ao amor ou querem apressá-lo...e esquecem-se que o amor acontece...". Uma simples verdade. Porque o amor acontece. E se acontecer de verdade, acho que fica. É bonito, não é? Sorrio.
Preciso de fazer exercício
No recomeço da dieta a sério, começo a pesquisa de ginásios e comparação de preços para começar a fazer exercício. Tem mesmo de ser!
Continua a busca de casa
Hoje mais duas visitas a imóveis radicalmente diferentes. Um velho e a precisar de inúmeras obras mas com grandes àreas, muita luz e uma arrecadação com casa-de-banho óptima para grandes patuscadas. Outra totalmente remodelada, com bons acabamentos, bons materiais e pronta a habitar, que era tudo o que eu mais queria. E por qual é que me apaixonei?Pela velha, a precisar de obras e de cheiro desagradável....vá-se lá perceber o que eu quero realmente...
Novo código penal
Não percebo nada do novo código penal mas só ouço falar em prisões preventivas que deixam de existir, presos condenados ou em prisão preventiva devido a crimes graves e que vão ser libertos. Acho tudo confuso e assustador e pouco racional. Mas não percebo nada. Tenho de ler mais sobre o novo código penal.
16 de setembro de 2007
Mais blogs
Já tenho mais blogs para ler. A Mary e a Sofia já têm um blog. Já adicionei aos favoritos.
Odeio o Domingo
Odeio o Domingo. Não só por ser o último dia do fim-de-semana e por ser aquele dia morto em que ninguém faz nada. Porque é um dia cheio de rotinas para mim. Porque tenho de ir buscar os tios, a avó, dar imensas voltas de carro, acordar cedo, ajudar na cozinha, lavar a louça, etc, etc. Estou cansada, cansada, cansada. Porque é que não posso ter fins-de-semana iguais aos das outras pessoas?
Uma daquelas músicas que me diz tanto...
Adoro o Jeff Buckley!Esta, como quase todas as músicas dele tocam a minha vida. Adoro esta voz, estas melodias e estas letras. Uma daquelas músicas que me diz tanto...
http://www.youtube.com/watch?v=noQH6lyu0sA
http://www.youtube.com/watch?v=noQH6lyu0sA
Amanhã começo a fazer dieta
Amanhã começo a fazer dieta, mas dieta à séria. Estou mais gorda, sinto-me mais gorda, apesar de toda a gente me dizer que estou igual. Não me sinto bem e tenho de mudar isto. Amanhã inicio a minha dieta.
Não gosto quando me deixas triste
Não gosto quando me deixas triste...mesmo sem saberes...mesmo sem o fazeres com intenção...mas deixaste-me triste.
15 de setembro de 2007
Afinal não deixei bem de fumar
Ao fim de muitos meses, fraquejei. Não voltei a fumar como fumava , não me considero uma fumadora. Fumo de vez em quando à noite em jantares ou concertos. Nunca mais fumei de dia e com a rotina de fumadora. Sou a fumadora esporádica e ocasional. Mas falhei. Sou uma fraca.
Quero uma casa
Continuo a querer muito uma casa!! Quero a minha independência, não ter horários, nem rotinas, nem satisfações a dar. Quero sentir-me livre e só.
Encontro
Foi engraçado apresentar-te. O receio, o medo do que acharias, de como seria...foi engraçado. Aliás, foi como se eu nem tivesse presente. Ignoraram-me completamente. O futebol aproxima os homens. Discutiam acerrimamente, pontos de vista, visões de jogo, trocavam opiniões. Não poderia ter sido em melhor situação.
"O Segredo"
Toda a gente me fala n"O Segredo". Perguntam-me se já li, se já vi o filme e respondo que não mas que já sei do que trata e que acredito. O poder do querer, do acreditar, do visualizar, do pensar positivamente. Se era segredo já deixou de o ser há muito tempo.
Afastamento
Crescemos, aprendemos, conhecemos pessoas novas, realidades diferentes.....mudamos....aproximamo-nos de uns...afastamo-nos de outros. Tornamo-nos uns estranhos conhecidos.......aquela realidade deixou de existir, deixou de fazer sentido. Não somos os mesmos.
Ansiedades
Durante o jantar da minha amiga Liliana, víamos no LCD do restaurante um programa da MTV chamado "Virgin Diaries", em que adolescentes, durante alguns meses fazem o relato das suas conquistas até ao momento em que escolhem alguém para perder a virgindade e falam sobre essa experiência. A adolescente que surgiu ontem no programa tinha 16 anos e estava interna num colégio de freiras. A mãe tinha dado autorização para a sua participação no programa. A jovem de 16 anos falava dos rapazes que conhecia durante as saídas. Adorava fazer sexo oral e o que mais gostava era o 69. Dizia que um dos rapazes tinha sido o 147º b* que fazia. Dizia que só engolia quando eles eram especiais, o que significava ter estado com ele mais que duas vezes. Chegava a estar com 2 rapazes por noite. Em conversa com amigas perguntava-se se se masturbavam. Todas disseram que sim e que no dia anterior tinham tido uma luta de dildos. O sonho dessa adolescente era ser stripper. Isto são algumas das coisas que me recordo do programa. Estávamos todos chocados e éramos todos adultos. Estes meninos crescem demasiado rápido. Nem sequer consigo perceber que pais são estes. Que programação televisiva é esta. Que exploração é esta. Quando saí do restaurante, que era ao pé do Garage vejo uma série de adolescentes (entre os 14 e os 15 anos) à porta da discoteca com roupa bastante decotada e justa, alcoolizados e com um comportamente fortemente sedutor. Fiquei angustiada. Fiquei ansiosa. Não sei se quero ser mãe. Não vou conseguir lidar com estas situações, acompanhar esta juventude que cresce demasiado rápido. Estou a ficar velha. Já sinto o generation gap. Não posso exigir muito dos meus próprios pais. Mas senti medo. Ansiedade.
11 de setembro de 2007
Eduardo Prado Coelho
Com as férias, as viagens e todas as manobras de diversão restantes ficou esquecida uma homenagem ao recentemente falecido Eduardo Prado Coelho. Uma figura emblemática e respeitada da cultura nacional. Cruzei-me algumas vezes com ele pela Faculdade e pelo bar onde muitas vezes estava a conversar com alunos. Estava habituada à leitura das suas crónicas no "Público". Uma tocou-me particularmente e aqui fica em jeito de homenagem e de reflexão...
"CONSTRUIR UM PAÍS
PRECISA-SE DE MATÉRIA-PRIMA PARA CONSTRUIR UM PAÍS
Eduardo Prado Coelho - in Público
A crença geral anterior era de que Santana Lopes não servia, bem como Cavaco, Durão e Guterres. Agora dizemos que Sócrates não serve. E o que vier depois de Sócrates também não servirá para nada. Por isso começo a suspeitar que o problema não está no trapalhão que foi Santana Lopes ou na farsa que é o Sócrates. O problema está em nós. Nós como povo. Nós como matéria-prima de um país. Porque pertenço a um país onde a ESPERTEZA é a moeda sempre valorizada, tanto ou mais do que o euro. Um país onde ficar rico da noite para o dia é uma virtude mais apreciada do que formar uma família baseada em valores e respeito aos demais. Pertenço a um país onde, lamentavelmente, os jornais jamais poderão ser vendidos como em outros países, isto é, pondo umas caixas nos passeios onde se paga por um só jornal E SE TIRA UM SÓ JORNAL, DEIXANDO-SE OS DEMAIS ONDE ESTÃO.
Pertenço ao país onde as EMPRESAS PRIVADAS são fornecedoras particulares dos seus empregados pouco honestos, que levam para casa, como se fosse correcto, folhas de papel, lápis, canetas, clips e tudo o que possa ser útil para os trabalhos de escola dos filhos... e para eles mesmos. Pertenço a um país onde as pessoas se sentem espertas porque conseguiram comprar um descodificador falso da TV Cabo, onde se frauda a declaração de IRS para não pagar ou pagar menos impostos.
Pertenço a um país onde a falta de pontualidade é um hábito.
Onde os directores das empresas não valorizam o capital humano.
Onde há pouco interesse pela ecologia, onde as pessoas atiram o lixo nas ruas e depois reclamam do governo por não limpar os esgotos.
Onde pessoas se queixam que a luz e a água são serviços caros.
Onde não existe a cultura pela leitura (onde os nossos jovens dizem que é "muito chato ter que ler") e não há consciência nem memória política, histórica nem económica.
Onde nossos políticos trabalham dois dias por semana para aprovar projectos e leis que só servem para caçar os pobres, arreliar a classe média e beneficiar a alguns.
Pertenço a um país onde as cartas de condução e as declarações médicas podem ser "compradas", sem se fazer qualquer exame.
Um país onde uma pessoa de idade avançada, ou uma mulher com uma criança nos braços, ou um inválido, fica em pé no autocarro, enquanto a pessoa que está sentada finge que dorme para não lhe dar o lugar. Um país no qual a prioridade de passagem é para o carro e não para o peão.
Um país onde fazemos muitas coisas erradas, mas estamos sempre a criticar os nossos governantes.
Quanto mais analiso os defeitos de Santana Lopes e de Sócrates, melhor me sinto como pessoa, apesar de que ainda ontem corrompi um guarda de trânsito para não ser multado. Quanto mais digo o quanto o Cavaco é culpado, melhor sou eu como português, apesar de que ainda hoje pela manhã explorei um cliente que confiava em mim, o que me ajudou a pagar algumas dívidas. Não. Não. Não. Já basta.
Como "matéria-prima" de um país, temos muitas coisas boas, mas falta muito para sermos os homens e as mulheres que nosso país precisa. Esses defeitos, essa "CHICO-ESPERTERTICE PORTUGUESA" congénita, essa desonestidade em pequena escala, que depois cresce e evolui até converter-se em casos escandalosos na política, essa falta de qualidade humana, mais do que Santana, Guterres, Cavaco ou Sócrates, é que é real e honestamente ruim, porque todos eles são portugueses como nós, ELEITOS POR NÓS. Nascidos aqui, não em outra parte...
Fico triste. Porque, ainda que Sócrates fosse embora hoje mesmo, o próximo que o suceder terá que continuar trabalhando com a mesma matéria-prima defeituosa que, como povo, somos nós mesmos. E não poderá fazer nada... Não tenho nenhuma garantia de que alguém possa fazer melhor, mas enquanto alguém não sinalizar um caminho destinado a erradicar primeiro os vícios que temos como povo, ninguém servirá. Nem serviu Santana, nem serviu Guterres, não serviu Cavaco, e nem serve Sócrates, nem servirá o que vier.
Qual é a alternativa?
Precisamos de mais um ditador, para que nos faça cumprir a lei com a força e por meio do terror? Aqui faz falta outra coisa.
E enquanto essa "outra coisa" não comece a surgir de baixo para cima, ou de cima para baixo, ou do centro para os lados, ou como queiram, seguiremos igualmente condenados, igualmente estancados…igualmente abusados!
É muito bom ser português. Mas quando essa portugalidade autóctone começa a ser um empecilho às nossas possibilidades de desenvolvimento como Nação, então tudo muda...
Não esperemos acender uma vela a todos os santos, a ver se nos mandam um Messias.
Nós temos que mudar. Um novo governante com os mesmos portugueses nada poderá fazer. Está muito claro... Somos nós que temos que mudar. Sim, creio que isto encaixa muito bem em tudo o que anda a nos acontecer: desculpamos a mediocridade de programas de televisão nefastos e francamente tolerantes com o fracasso. É a indústria da desculpa e da estupidez.
Agora, depois desta mensagem, francamente decidi procurar o responsável, não para castigá-lo, senão para exigir-lhe (sim, exigir-lhe) que melhore seu comportamento e que não se faça de mouco, de desentendido. Sim, decidi procurar o responsável e ESTOU SEGURO QUE O ENCONTRAREI QUANDO ME OLHAR NO ESPELHO. AÍ ESTÁ. NÃO PRECISO PROCURÁ-LO EM OUTRO LADO.
E você, o que pensa?.... MEDITE!
EDUARDO PRADO COELHO"
"CONSTRUIR UM PAÍS
PRECISA-SE DE MATÉRIA-PRIMA PARA CONSTRUIR UM PAÍS
Eduardo Prado Coelho - in Público
A crença geral anterior era de que Santana Lopes não servia, bem como Cavaco, Durão e Guterres. Agora dizemos que Sócrates não serve. E o que vier depois de Sócrates também não servirá para nada. Por isso começo a suspeitar que o problema não está no trapalhão que foi Santana Lopes ou na farsa que é o Sócrates. O problema está em nós. Nós como povo. Nós como matéria-prima de um país. Porque pertenço a um país onde a ESPERTEZA é a moeda sempre valorizada, tanto ou mais do que o euro. Um país onde ficar rico da noite para o dia é uma virtude mais apreciada do que formar uma família baseada em valores e respeito aos demais. Pertenço a um país onde, lamentavelmente, os jornais jamais poderão ser vendidos como em outros países, isto é, pondo umas caixas nos passeios onde se paga por um só jornal E SE TIRA UM SÓ JORNAL, DEIXANDO-SE OS DEMAIS ONDE ESTÃO.
Pertenço ao país onde as EMPRESAS PRIVADAS são fornecedoras particulares dos seus empregados pouco honestos, que levam para casa, como se fosse correcto, folhas de papel, lápis, canetas, clips e tudo o que possa ser útil para os trabalhos de escola dos filhos... e para eles mesmos. Pertenço a um país onde as pessoas se sentem espertas porque conseguiram comprar um descodificador falso da TV Cabo, onde se frauda a declaração de IRS para não pagar ou pagar menos impostos.
Pertenço a um país onde a falta de pontualidade é um hábito.
Onde os directores das empresas não valorizam o capital humano.
Onde há pouco interesse pela ecologia, onde as pessoas atiram o lixo nas ruas e depois reclamam do governo por não limpar os esgotos.
Onde pessoas se queixam que a luz e a água são serviços caros.
Onde não existe a cultura pela leitura (onde os nossos jovens dizem que é "muito chato ter que ler") e não há consciência nem memória política, histórica nem económica.
Onde nossos políticos trabalham dois dias por semana para aprovar projectos e leis que só servem para caçar os pobres, arreliar a classe média e beneficiar a alguns.
Pertenço a um país onde as cartas de condução e as declarações médicas podem ser "compradas", sem se fazer qualquer exame.
Um país onde uma pessoa de idade avançada, ou uma mulher com uma criança nos braços, ou um inválido, fica em pé no autocarro, enquanto a pessoa que está sentada finge que dorme para não lhe dar o lugar. Um país no qual a prioridade de passagem é para o carro e não para o peão.
Um país onde fazemos muitas coisas erradas, mas estamos sempre a criticar os nossos governantes.
Quanto mais analiso os defeitos de Santana Lopes e de Sócrates, melhor me sinto como pessoa, apesar de que ainda ontem corrompi um guarda de trânsito para não ser multado. Quanto mais digo o quanto o Cavaco é culpado, melhor sou eu como português, apesar de que ainda hoje pela manhã explorei um cliente que confiava em mim, o que me ajudou a pagar algumas dívidas. Não. Não. Não. Já basta.
Como "matéria-prima" de um país, temos muitas coisas boas, mas falta muito para sermos os homens e as mulheres que nosso país precisa. Esses defeitos, essa "CHICO-ESPERTERTICE PORTUGUESA" congénita, essa desonestidade em pequena escala, que depois cresce e evolui até converter-se em casos escandalosos na política, essa falta de qualidade humana, mais do que Santana, Guterres, Cavaco ou Sócrates, é que é real e honestamente ruim, porque todos eles são portugueses como nós, ELEITOS POR NÓS. Nascidos aqui, não em outra parte...
Fico triste. Porque, ainda que Sócrates fosse embora hoje mesmo, o próximo que o suceder terá que continuar trabalhando com a mesma matéria-prima defeituosa que, como povo, somos nós mesmos. E não poderá fazer nada... Não tenho nenhuma garantia de que alguém possa fazer melhor, mas enquanto alguém não sinalizar um caminho destinado a erradicar primeiro os vícios que temos como povo, ninguém servirá. Nem serviu Santana, nem serviu Guterres, não serviu Cavaco, e nem serve Sócrates, nem servirá o que vier.
Qual é a alternativa?
Precisamos de mais um ditador, para que nos faça cumprir a lei com a força e por meio do terror? Aqui faz falta outra coisa.
E enquanto essa "outra coisa" não comece a surgir de baixo para cima, ou de cima para baixo, ou do centro para os lados, ou como queiram, seguiremos igualmente condenados, igualmente estancados…igualmente abusados!
É muito bom ser português. Mas quando essa portugalidade autóctone começa a ser um empecilho às nossas possibilidades de desenvolvimento como Nação, então tudo muda...
Não esperemos acender uma vela a todos os santos, a ver se nos mandam um Messias.
Nós temos que mudar. Um novo governante com os mesmos portugueses nada poderá fazer. Está muito claro... Somos nós que temos que mudar. Sim, creio que isto encaixa muito bem em tudo o que anda a nos acontecer: desculpamos a mediocridade de programas de televisão nefastos e francamente tolerantes com o fracasso. É a indústria da desculpa e da estupidez.
Agora, depois desta mensagem, francamente decidi procurar o responsável, não para castigá-lo, senão para exigir-lhe (sim, exigir-lhe) que melhore seu comportamento e que não se faça de mouco, de desentendido. Sim, decidi procurar o responsável e ESTOU SEGURO QUE O ENCONTRAREI QUANDO ME OLHAR NO ESPELHO. AÍ ESTÁ. NÃO PRECISO PROCURÁ-LO EM OUTRO LADO.
E você, o que pensa?.... MEDITE!
EDUARDO PRADO COELHO"
O caso Maddie
Estou farta deste caso, desta especulação e de tudo o que rodeia este caso...sim, sou humana, mas uma humana cansada deste sensacionalismo.
Avante
Mais uma primeira vez: Avante 2007
Este é o ano de algumas descobertas....Uma delas foi a Festa do Avante. A "Festa" como lhe chamam, como se fosse a única e a mais representativa. Não sendo comunista, gostei de sentir aquele ambiente de festa, de celebração, de união, de comunidade. O trabalho voluntário, a partilha, o um por todos, a música, a militância. A festa que se gera ao ouvir a "Carvalhesa", quando todos pulam e dançam e celebram. As pessoas de todas as idades, o país representado com a nossa gastronomia, costumes e cultura. Também houve coisas más. O parque de campismo com as filas intermináveis para a casa-de-banho e duche, a falta de higiene e a falta de respeito que temos na utilização de um espaço que é para todos. Gente a mais para os meios existentes. O barulho, as batucadas...Mas o pior foi realmente esquecido pela festa, pela animação, pelas gargalhadas e pela companhia. Todos aqueles com quem partilhei aqueles momentos, os encontrei espontaneamente, viver isto contigo, foram momentos muito divertidos. Até estive no comício e quase na primeira fila...espero não ter sido filmada nem fotografada. Com algumas coisas concordei, com muitas outras discordei. O Avante já terminou. Ficam as imagens, os sons, o cansaço, as gargalhadas, os cânticos, os copos e muita, muita festa. Para o ano há mais e eu vou lá estar.
Este é o ano de algumas descobertas....Uma delas foi a Festa do Avante. A "Festa" como lhe chamam, como se fosse a única e a mais representativa. Não sendo comunista, gostei de sentir aquele ambiente de festa, de celebração, de união, de comunidade. O trabalho voluntário, a partilha, o um por todos, a música, a militância. A festa que se gera ao ouvir a "Carvalhesa", quando todos pulam e dançam e celebram. As pessoas de todas as idades, o país representado com a nossa gastronomia, costumes e cultura. Também houve coisas más. O parque de campismo com as filas intermináveis para a casa-de-banho e duche, a falta de higiene e a falta de respeito que temos na utilização de um espaço que é para todos. Gente a mais para os meios existentes. O barulho, as batucadas...Mas o pior foi realmente esquecido pela festa, pela animação, pelas gargalhadas e pela companhia. Todos aqueles com quem partilhei aqueles momentos, os encontrei espontaneamente, viver isto contigo, foram momentos muito divertidos. Até estive no comício e quase na primeira fila...espero não ter sido filmada nem fotografada. Com algumas coisas concordei, com muitas outras discordei. O Avante já terminou. Ficam as imagens, os sons, o cansaço, as gargalhadas, os cânticos, os copos e muita, muita festa. Para o ano há mais e eu vou lá estar.
5 de setembro de 2007
Diversidade
Gosto de conceitos como diversidade e multicularidade. Gosto dos que são diferentes de mim. Gosto das suas particularidades e da sua riqueza. Gosto de descobrir novos mundos noutros olhares. Não gosto que se aproximem do meu mundo, mas gosto de me aproximar do mundo dos outros. Gosto de ser eu em várias vidas.
Madrid
O regresso a uma cidade pouco explorada. A movida. O calor forte. Os leques. As caminhadas perdidas pela cidade. As esplanadas e a comida. O nascimento de uma nova amizade de seu nome Rosa Branca. Os percalços. A minha amiga Sílvia e a sua aventura. A minha amiga Eliana. Os planos furados. A diversão. O cansaço. A beleza. Os leques. A lígua e "su musiquita".Uma cidade que não pára e encanta. Por momentos vi-me lá. A cidade das oportunidades e aqui tão perto. A varanda do quarto da Sílvia virada para a praça 2 de Maio. A suave brisa nocturna. O ruiído de rua movimentada. Caminhar, caminhar...me encanta Madrid!!
"sinto-me sozinho sem ti..."
No dia em que parti para Madrid acordei com a seguinte sms: "Não te quero acordar, mas para o ano vens a Barrancos. Sinto-me sozinho sem ti aqui. Tal como em qualquer outro lado...Beijos grandes".
Não me acordaste às 4h da manhã quando enviaste a sms mas só queria que visses o sorriso com que eu acordei de manhã após ler esta mensagem. Um sorriso daqueles de fazer muitas rugas!!Não só por sentires a minha falta, mas por fazeres planos para daqui a um ano, pela assertividade do teu "vens", quase imperativo. Achei delicioso. Releio tantas vezes essa mensagem...
Não me acordaste às 4h da manhã quando enviaste a sms mas só queria que visses o sorriso com que eu acordei de manhã após ler esta mensagem. Um sorriso daqueles de fazer muitas rugas!!Não só por sentires a minha falta, mas por fazeres planos para daqui a um ano, pela assertividade do teu "vens", quase imperativo. Achei delicioso. Releio tantas vezes essa mensagem...
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"Quanto mais claro/
Vejo em mim, mais escuro é o que vejo./
Quanto mais compreendo/
Menos me sinto compreendido./
Ó horror paradoxal deste pensar... "
Fernando Pessoa