23 de julho de 2007
Regresso às palvaras...
Terminei o último trabalho da Pós-Graduação ontem. Tal como disse nos Devaneios, descuidei os meus hábitos de leitura. O curso, o trabalho e os meus tempos livres cansavam-me e distanciavam-me desse prazer cultivado desde a infância. Regressei aos meus livros e às minhas leituras. Peguei no Estrangeiro, do Camus e no Budapeste, do Chico Buarque e que bom foi sentir o contacto do livro que se abre e se move nas nossas mãos, as páginas que se viram, as palavras que se movimentam em frente dos nossos olhos. O Estrangeiro vai já a meio e não consigo parar de ler. O Budapeste vai ainda no início porque a escrita em brasileiro torna a leitura mais lenta, mas igualmente saborosa. Começa por falar na aprendizagem de novas línguas, do estranhar os fonemas até se entranharem e o desejo de explorar a língua se tornar incontrolável. Que saudades de ler compulsivamente sem ter de perder o meu tempo a ler tretas de ciências documentais, ultrapassadas e desinteressantes. Que bom voltar aos meus livros.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
"Quanto mais claro/
Vejo em mim, mais escuro é o que vejo./
Quanto mais compreendo/
Menos me sinto compreendido./
Ó horror paradoxal deste pensar... "
Fernando Pessoa
Nenhum comentário:
Postar um comentário