Portishead no Coliseu.
Lindo. Comovente. Sedutor. Arrepiante.
Finalmente vou vê-los porque perdi o concerto no Sudoeste há muitos anos atrás. Um àlbum fabuloso que muito ouvi e que vou finalmente ver e ouvir ao vivo.Estou com aquele friozinho na barriga...
27 de março de 2008
26 de março de 2008
Pipocas no cinema!
Odeio! Devia ser proibido!! Ontem levei com um rapaz simpático a mexer violentamente o pacote das pipocas, a mastigá-las de boca aberta e a roer aqueles milhos que não se transformam em pipoca de forma bem ruidosa! Muito agradável e nada perturbador! Eu manifesto-me contra a pipoca no cinema! E a comerem, comam com cuidado e sem fazer muito barulho!Por favor!
"I'm not there"
Ontem fui ver este filme sobre o Bob Dylan. Não é um filme sobre a vida de Bob Dylan. É um filme sobre o músico Bob Dylan, a música e o contexto político da época.Não é um filme fantástico. Não é um filme fácil. Tem avanços e recuos, histórias que se misturam no tempo e no espaço. Tem uma maravilhosa interpretação da Cate Blanchet que interpreta um Bob Dylan irrepreensível fisicamente e nos trejeitos e maneirismos. Pequeno apontamento para as unhas compridas e bem arranjadas de Cate Blanchet, pormenor que é por demais evidente na interpretação de uma personagem que está constantemente a fumar.Temos também oportunidade de recordar o falecido Heath Ledger. Gostei muito. E não posso esquecer a fantástica banda sonora que acompanha este filme. E eu vou ter oportunidade de ver e ouvir esta grande lenda viva de seu nome Bob Dylan ao vivo e a cores em Portugal este ano.Yeah!!
23 de março de 2008
Esta semana vai ser complicada, segunda há danças, terça ante-estreia do filme sobre o Bob Dylan ( e que bom vai ser vê-lo ao vivo e a cores no ALIVE deste ano!), quarta "Shout out Loud" e "Rita Redshoes" na Aula Magna, quinta "Portishead" no Coliseu, sexta Gift e Xutos no Casino e sábado workshop de danças e baile.
Gosto destas semanas, de agenda cheia, de muita música, de muito acontecimento. Gosto do não parar, do não ter tempo para pensar e fantasiar.
Gosto destas semanas, de agenda cheia, de muita música, de muito acontecimento. Gosto do não parar, do não ter tempo para pensar e fantasiar.
20 de março de 2008
5 anos de guerra no Iraque
Começou há 5 anos esta guerra baseada na mentira e no clima de terror. As respostas que não se encontraram e que os Americanos ansiosa e desesperadamente procuraram, justificaram-se através desta guerra infundada. 5 anos volvidos, não se encontraram culpados nem justificações. Houve destruição. Muita.Traumas que causarão feridas para sempre.Perderam-se pessoas. Muitas. Nem sabemos quantas. Justifica-se esta guerra? Nunca se justificou desde o primeiro minuto e já nem se fala nas razões que a motivaram. Não é uma data para celebrar, mas é uma data para pensar e para não esquecer.
18 de março de 2008
Anthony Minghella (1954-2008)
Realizador de um dos filmes que marca a minha vida: "The English patient"...
Duas pessoas disseram-me que estava mais magra no mesmo dia. A primeira vez pensei que fosse apenas da roupa, o preto emagrece sempre. Mas quando a segunda me perguntou fiquei na dúvida. Será? Fui logo pesar-me....apenas 700 gr....e é assim que nos criam ilusões...como se se notasse menos 700 gr.....
Agora é continuar!Bora lá atingir obejectivos!
Agora é continuar!Bora lá atingir obejectivos!
17 de março de 2008
Fim-de-semana passado...
Até quando?
Em determinados momentos sinto a minha bondade a tornar-se cada vez mais ténue. Não sei se é a idade ou a dureza da vida. Muita gente me gaba a bondade, mas por vezes sinto que a raiva supera essa bondade, que talvez me tenha caracterizado um dia. Ou então esses ataques de raiva fazem com que se atenue essa bondade e me torne mais crua. A minha tia está novamente internada e por mais pena que tenha, por vezes os meus pensamentos não são os mais católicos. A pena e o bem de um, provoca o cansaço e o desgaste de outros. Não sei o que é justo. Nem sei se o é. Sei que a velhice turva o conceito de justiça. Não se apercebem dos esforços, do desgaste, do que se deixa para trás, dos gastos, não assumem os erros e tornam-se injustos, desconfiados. Talvez seja um certo sentimento de prisão que dá este sentimento de revolta. Não sei. Justificações, existem muitas. E cansaço também. E abnegação também. Em demasia. O que provoca verdadeiramente preocupação e desespero é: até quando poderá durar esta situação? Até quando será aceitável tudo perdoar e aceitar? Até quando?
13 de março de 2008
12 de março de 2008
10 de março de 2008
Desafio: 7 Coisas...
7 coisas que sei fazer bem:
Ouvir
Dormir
Comer (infelizmente..)
Estar com os amigos
Ser parva
Sofrer
Ouvir música (e muita!)
•7 coisas que não sei fazer:
Aturar gente burra, chata e pretensiosa
Meter conversa e seduzir (sou péssima nisso!)
Pintar
Desporto
Maquilhar-me
Decorar casas
Dieta
•7 coisas que digo frequentemente:
F*
Amiga ou amigo!
Pois
Que seca!
Isto é de cortar os pulsos!
Lindo!
Não consigo
•7 Qualidades que aprecio no sexo oposto:
Humor (muito humor)
Inteligência
Paciência para me aturar
Atitude e determinação
Bom gosto cultural
Ter olhos só para mim ( e não digam que isto não é uma qualidade!:-))
Loucura controlada
•7 filmes favoritos (deviam ser pelo menos 70..):
Magnolia
Little Miss sunshine
Crash
Into the Wild
A minha vida sem mim
Manual de amor
Babel
Les uns et les autres
•7 actores/actrizes preferidos(as):
Johnny Depp
Sean Penn
Edward Norton
Nicole Kidman
Daniel Day-Lewis
Gael Garcia Bernal
Meryl Streep
•7 vítimas:
Ninguém
Ouvir
Dormir
Comer (infelizmente..)
Estar com os amigos
Ser parva
Sofrer
Ouvir música (e muita!)
•7 coisas que não sei fazer:
Aturar gente burra, chata e pretensiosa
Meter conversa e seduzir (sou péssima nisso!)
Pintar
Desporto
Maquilhar-me
Decorar casas
Dieta
•7 coisas que digo frequentemente:
F*
Amiga ou amigo!
Pois
Que seca!
Isto é de cortar os pulsos!
Lindo!
Não consigo
•7 Qualidades que aprecio no sexo oposto:
Humor (muito humor)
Inteligência
Paciência para me aturar
Atitude e determinação
Bom gosto cultural
Ter olhos só para mim ( e não digam que isto não é uma qualidade!:-))
Loucura controlada
•7 filmes favoritos (deviam ser pelo menos 70..):
Magnolia
Little Miss sunshine
Crash
Into the Wild
A minha vida sem mim
Manual de amor
Babel
Les uns et les autres
•7 actores/actrizes preferidos(as):
Johnny Depp
Sean Penn
Edward Norton
Nicole Kidman
Daniel Day-Lewis
Gael Garcia Bernal
Meryl Streep
•7 vítimas:
Ninguém
A arrepiante voz de Chavela Vargas
Esta cantora mexicana conhecida como "la habuela" tem 89 anos e é dona desta voz arrepiante.
Assumiu em 2000 a sua homossexualidade na televisão, o que considero um acto corajoso aos 79 anos. A sua voz mostra toda a sua raça. Arrepiante!
Assumiu em 2000 a sua homossexualidade na televisão, o que considero um acto corajoso aos 79 anos. A sua voz mostra toda a sua raça. Arrepiante!
8 de março de 2008
7 de março de 2008
5 de março de 2008
Este post comoveu-me...
Li este post aqui e fiquei mesmo comovida. Estou habituada a que este rapaz me faça rir e não chorar. Percebo-o tão bem.Sofro desta ansiedade. Aqui fica...
"a falta de lei da vida
De tudo o que me faz pensar, há uma coisa que me atropela a cabeça.
A idade.
Não a minha, a deles.
Há qualquer coisa que rasga.
Choram-me as estatísticas que eu estarei cá quando os meus pais não estiverem.
Muito nublado, bem sei.
Mas real.
Posso tê-los agora, e abraçá-los com a carne que me deram, mas...e depois?
Vejo-lhes os anos na pele e a pele dá-me saudades.
Saudades do que não vou ter.
É a lei da vida, e todas as frases feitas que pregarem nas paredes.
Mas a saúde teima em ir à sua vida cedo demais.
Não a deles, a das estatísticas.
Hoje tenho-os ali.
Visto daqui, dos meus olhos, não envelheceram.
Foram emprestando um ou outro ano aos ossos.
Quero o meu pai a ficar envergonhado quando diz "gosto muito de ti filho" e a minha mãe com gotas de amor a marcar passo nos olhos quando diz "gosto muito de ti filho, nunca te esqueças disso"
Nunca te esqueças disso.
E depois, o que fica?
As memórias não são de carne, são de lágrimas.
E essas custam mais a abraçar.
Há qualquer coisa que rasga, eu bem disse.
Sei que estão na casa dos sessentas.
Mais precisão do que essa acelera-me o sangue.
"São novos".
E porque é que não ficam sempre assim?
Atrasem o relógio quarenta anos, vá lá.
Só desta vez, ninguém vai dizer nada à terra.
Apetece deixar cair uma pedra na roda dentada e parar tudo.
A assobiar, para não ter de prestar contas.
A palavra filho é patente deles.
Quando a dizem há uma manta que protege o coração até cima.
Depois da estatística fica só o coração e a manta enrolada aos pés.
Podemos sempre puxá-la, mas nunca mais vai tapar tudo.
E não, nunca me esqueço disso."
"a falta de lei da vida
De tudo o que me faz pensar, há uma coisa que me atropela a cabeça.
A idade.
Não a minha, a deles.
Há qualquer coisa que rasga.
Choram-me as estatísticas que eu estarei cá quando os meus pais não estiverem.
Muito nublado, bem sei.
Mas real.
Posso tê-los agora, e abraçá-los com a carne que me deram, mas...e depois?
Vejo-lhes os anos na pele e a pele dá-me saudades.
Saudades do que não vou ter.
É a lei da vida, e todas as frases feitas que pregarem nas paredes.
Mas a saúde teima em ir à sua vida cedo demais.
Não a deles, a das estatísticas.
Hoje tenho-os ali.
Visto daqui, dos meus olhos, não envelheceram.
Foram emprestando um ou outro ano aos ossos.
Quero o meu pai a ficar envergonhado quando diz "gosto muito de ti filho" e a minha mãe com gotas de amor a marcar passo nos olhos quando diz "gosto muito de ti filho, nunca te esqueças disso"
Nunca te esqueças disso.
E depois, o que fica?
As memórias não são de carne, são de lágrimas.
E essas custam mais a abraçar.
Há qualquer coisa que rasga, eu bem disse.
Sei que estão na casa dos sessentas.
Mais precisão do que essa acelera-me o sangue.
"São novos".
E porque é que não ficam sempre assim?
Atrasem o relógio quarenta anos, vá lá.
Só desta vez, ninguém vai dizer nada à terra.
Apetece deixar cair uma pedra na roda dentada e parar tudo.
A assobiar, para não ter de prestar contas.
A palavra filho é patente deles.
Quando a dizem há uma manta que protege o coração até cima.
Depois da estatística fica só o coração e a manta enrolada aos pés.
Podemos sempre puxá-la, mas nunca mais vai tapar tudo.
E não, nunca me esqueço disso."
Impressões
Ontem andei de metro. Já não andava há muito tempo. Quando andava de metro sentia o desconforto dos olhares e refugiava-me sempre na leitura para não sentir que invadia a vida dos outros, ou que invadiam a minha. Ontem no metro senti uma estranha sensação. A vontade de olhar para todos, de invadir. Observar a senhora que olha para os pés, os adolescentes que se beijam, a jovem tímida que cruza as mãos e refugia o olhar no chão, o senhor idoso com fita-cola a colar as armações dos óculos e dedos amarelados (provavelmente por fumar muito), a velhinha que carrega sacos e uma tristeza no olhar, o jovem que ouvia MP3 exageradamente alto e tantos outros. Não conseguia deixar de olhar. De me perder na quantidade de pessoas que passavam por mim, pelas diferentes emoções que me passavam. Olhava em volta e parece que via tudo de novo. Estou tão habituada à solidão do meu carro, com o rádio a tocar e os olhos fixos no trânsito que me esqueci do contacto humano dos transportes. Contacto esse que antes me incomodava. Ontem vi um misto de vidas, de olhares e de emoções. Passei o tempo todo a olhar em volta e a pensar no que as pessoas me passavam, quem eram eles, que vidas teriam eles. Senti saudades.
Assinar:
Postagens (Atom)
"Quanto mais claro/
Vejo em mim, mais escuro é o que vejo./
Quanto mais compreendo/
Menos me sinto compreendido./
Ó horror paradoxal deste pensar... "
Fernando Pessoa