Klimt

20 de maio de 2007

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Depois de tudo, regressei à normalidade e fui ao concerto dos Blocparty. Não foi perfeito, o som estava mau, eles são demasiado "frios" em palco, mas o Coliseu quase cheio, aquelas músicas fantásticas, aquele ruído, aquelas luzes...concentro-me no público a bater palmas ritmadamente e a cantar...este momento é meu.

"autocentramento"

Leio nos gafanhotos que a Carol se sente muito autocentrada..recordo a conversa da Carol no café de cop's sobre alguém ser muito autocentrada...faço um comentário ao post dela dizendo que tenho saudades da estar autocentrada...por mais rídiculo que seja eu dizer isto, tenho saudades de mim...de não ser o pai, ou a mãe, ou a avó ou os tios ou todos...estou a ficar cada vez mais séria...

16 de maio de 2007

"Vais ter muita sorte no futuro"

Lembro-me muitas vezes desta frase da Cáti e quero acreditar. Com tanta pancada que a vida me dá continuo à espera que a sorte me atinja.Mas tenho esperança.

Regresso à normalidade

Regresso ao trabalho e à rotina. Sabe bem. Queixo-me sempre mas é bom voltar à rotina diária, sinal de que tudo corre bem. O carinho e a compreensão dos colegas. A resposta às perguntas. Alguma comoção.Às 17h ligam para o ir buscar. Coorro radiante. Mando mails e sms a contar a boa nova. Ainda demoro.Ele está ansioso por sair. Regressa a casa. Quer ver tudo. Telefona para toda a gente. Está bem, mas não é o mesmo. Há ligeiras hesitações e incorrecções. Agora é descansar e recuperar.

14 de maio de 2007

Renasce a esperança

Acordo da pior noite da minha vida. Olhos inchados. Cabeça pesada e com muitas dores. Levanto-me e sinto-me pesada e lenta. Não me apetece tomar banho, nem vestir, nem pentear. Não quero rotinas. Não me apetece. Estou enjoada e não quero comer. A minha mãe continua a chorar e a soluçar.Faltam-lhe as forças e a esperança mas nunca a coragem.
Entro no carro. Continuo sem conseguir ligar o rádio. A banda sonora é o silêncio ou as nossas palavras trocadas.
Já sabiamos que não podiamos entrar mas às 9h lá estávamos. Falas com a médica cardiologista. Choras. Mal te percebo. Faço a "tradução" e acrescento as coisas que esqueces ou não consegues pronunciar.Ela liga para as urgências e diz que nada pode fazer porque não é cardiologia mas que ele está um pouco melhor. Descemos para o ver meio escondidas porque não podemos estar ali. Não nos mostram obstáculos. Falamos com a enfermeira. Está a melhorar. Podem só dar um bj. Entramos. Ele ri, fala. Pede um bj. Está tudo a correr bem, digo-lhe. Tenho de sair. Até logo. Ele diz adeus com a mão. Lembro-me do arrumador dessa manhã que ao me indicar o lugar sem parquímetro diz-me que estou cheia de sorte. Eu respondo que bem preciso, a chorar. Ele lê-me os olhos. Deseja-me um "bom dia madame" e sorri.Diz que não preciso de lhe dar nada. Apetecia-me abraçá-lo e perguntar-lhe que faz ali. Aquela delicadeza derruba-me.Sem dúvida que estava cheia de sorte. O pai está melhor e essa é a minha sorte. O meu dia renasce de uma tristeza e dor que não consigo relatar por palavras. A minha sorte muda ali. Penso. Acredito. Um dia de cada vez. No regresso o arrumador pergunta se já me vou embora. Digo que sim já a sorrir e ele diz-me "eu não lhe disse que estava com sorte?". Sorrio e agradeço. "Um bom dia madame". Penso novamente no que faz ele ali.
Deixo a mãe em casa digo-lhe para dormir e descansar. Vou a Lisboa levantar o B.I dela que caducou. Vou no comboio a mandar sms. Ligam-me. Saio no C.Sodré e vou a pé para os Restauradores sempre a falar ao telemóvel. Chego. A mãe não assinou o documento para eu levantar o B.I. Ligo-lhe. Diz para assinar por ela. LOL!Falsifico a assinatura e consigo levantar o B.I. Regresso novamente a pé. Liga-me a mulher do meu director que é enfermeira. Encoraja-me. Nunca pensei que ligasse.Assim vale a pena. Sinto o calor do sol e a brisa fresca que sopra. As pessoas passam. Ninguém se vê. Na montra da livraria vejo a capa de um livro com o título "Smile". Comovo-me. Interpreto tudo como sinais. Ao fim destes dias queria tanto estar sozinha. Sentir-me assim sozinha e conseguir respirar e pensar. Espero que as horas passem rápido para o ver. Chego a casa. Continuo sem conseguir comer. Tenho de ir com a mãe ao centro de saúde para a médica de família ver as análises dela. Vamos buscar os meus tios à estação e vamos para o Hospital. Chega o Filipe. A mãe quer que eles entrem primeiro. Digo que não. Não quero que aconteça o mesmo que ontem. Entras tu primeiro e vês como está. Ficamos ansiosos e nervosos à espera que ela saia, à espera de lhe ler no rosto a resposta à nossa angústia. Cruzo as mãos e tenho pena de não ter fé. Ela sai a sorrir e a chorar. Não consigo falar. Pergunto se está OK com a mão. Diz que sim. Está a falar e a fazer perguntas.Disse que eles são maus porque lhe prenderam as mãos e os pés e o magoaram. "Estes cabrões são maus", diz. Rio e respiro fundo. Eles entram e saiem todos satisfeitos. Eu sou a última. Ele está bem. Fala, faz perguntas, diz o que almoçou e lanchou, pergunta pelos tios, diz o código do MB e faz queixinhas dos enfermeiros. Fala com o lado esquerdo um pouco afectado e a barba destes dias por fazer.Fala na tia com raiva e digo que não quero falar mais nesse assunto. Assunto encerrado, pensa em ti e não te enerves.Mudo o rumo da conversa. Fico ali até á última. Saio e digo à mãe: "estás a ver?"temos de pensar positivo". A Eliana vai ter ao hospital para lhe dar os óculos e cadernos que ficaram no meu carro na sexta. Digo-lhe: "vês o meu sorriso?"Ela abraça-me forte, forte e diz que fica muito contente. Digo:"Pensei tanto no que me disseste..fechei tantas vezes os olhos e imaginei-o a sair do hospital pelos pés dele."Ela diz:"ainda bem, ainda bem que te conseguimos ajudar".Ela vai embora e eu desço a rampa a correr. Eles foram embora. A mãe aguarda para falar com a médica. Atendo mais uns telefonemas. A médica chega e vou para ao pé delas para ouvir. Está estável. Ainda fica mais 24h em observação no S.O. É melhor. Ainda é cedo para avaliar. Temos de aguardar mas está tudo a correr bem. Saímos com esperança. Digo à mãe que tenho fome. Apetece-me cereais de chocolate. Vamos para casa. Ligo pela primeira vez o computador. Apetece-me escrever.Há movimento na cozinha pela primeira vez desde estes dias. O telefone toca e já não há choro na resposta à chamada. "Ele está melhor", é a resposta. A mãe deita-se cedo. Adormece e dorme profundamente. Eu escrevo, escrevo. Há silêncio em casa. Não se ouve choros, nem soluçar, nem desespero.Deito-me tarde na cama deles. A mãe quase não me sente deitar.Renasce a esperança.Eu estou feliz. Nada mais me importa.

O mundo desaba

O domingo começa complicado. Vamos buscar os tios. Discutiram e estão nervosos. A arteriosclerose do tio dá para isto. Acalmar a tia que chora e diz que não vai. Dar banho ao tio. Não sei como a mãe aguenta. Lá acalmo a tia, ajudo-a a vestir. A mãe ajuda o tio a tomar banho. Saímos já desgastados. Vamos para Fernão Ferro. Almoçamos. Vamos ver a avó e dizer-lhe que o pai está no hospital. Ela reza com as senhoras do lar. É 13 de Maio. Vamos para o hospital. Passamos em casa para ir buscar o meu carro. Chegamos. O Filipe entra primeiro com o tio. Sai pouco depois a chorar. Ele não fala. Ele está muito mal. Não abre os olhos. A mãe entra de rompante. Eu choro. Espero a minha vez. Pergunto ao Filipe. Digo que não pode ser.Ouço a voz da mãe. Entro. Acalmo-a. Está desesperada. Em pranto. Vou ver o pai. Não quero acreditar. Tem os braços e as pernas presos e apenas uma fralda. A cabeça tem um galo com uma nódoa negra na sobrancelha esquerda. Não fala nem abre os olhos. Respira apenas. Está inconsciente. Choro, choro muito e peço-lhe que me dê um sinal. Aperta-me a mão, dá-me um beijo, pisca os olhos. Nada. Mexe-se e entreabre os olhos reagindo a alguma dor, talvez. Ponho a mão no coração para o ver bater. O enfermeiro diz-me para ir lá fora enxugar as lágrimas e regressar. Não me quer ali assim.Digo que nem preciso de ir lá fora. Seco as lágrimas e toco outra vez o teu coração para o ouvir bater. Digo-te que vais ficar bom e penso no que a Eliana me disse e vejo-te a sair do hospital pelos teu pés. Promete-me que não me faltas agora. Fica bem e agarra-te à vida. Fica comigo. Fica connosco. A tia entra. Chora. Dá-te um beijo e sai. Fico ali a fazer-te festas na cabeça. Saio a chorar. A mãe pergunta o que aconteceu. Não te deixou assim. Faz perguntas. Chora. Grita. Acalmam-na. Fala como se não fosses voltar. Digo-lhe que não. Tem de ser positiva e acreditar. O Filipe sai e vai levar os tios a casa. Ficamos à espera da médica que diz que percebe mas temos de nos acalmar. Explica que é um AVC, que tem sedativos fracos, que estava agitado, que está vigiado. Que pode melhorar ou piorar.Que o tac falava na fala e cabeça. O neurocirurgião avaliou. Saimos de rastos. Eu a fazer força por acreditar, ela a chorar, derrotada e sem crença como se tivesses o destino traçado. Esta tarde e noite não consigo descrever. Não quero sequer lembrar. A dor, o desespero, a ansiedade. A mãe a chorar a noite toda, a vomitar, a dizer que era a companhia dela, que estavas bem, que eras bom. Eu a dizer para não pensar assim, que vimos a tia também insconsciente e hoje ela aqui estava bem, que podia ser dos sedativos, que tinhas de ser positiva para atrair energias positivas, que tinhamos de acreditar e ter esperança. Mãe não me arranjes tu agora alguma coisa. Tens de comer e dormir. Não estás a ajudar o pai, nem a ti, nem a nós. Já tinha tido a noite longa da operação ao coração, tive mais esta noite interminável, nunca mais acabava. Os meus olhos inchados, enjoada, preocupada. Cansada.Sem forças. Sem forças mesmo. Como será a minha vida daqui para a frente?Que irá acontecer?Acordo. Mais um dia. Tenho esperança e tenho tanto medo do que posso hoje enfrentar....

Novamente a dor

A estrada parece interminável. A gasolina no limite. Páro na bomba para pôr gasolina. Vou devagar. Os olhos cegos de lágrimas. As pernas tremem. Muita polícia na estrada. Só peço que não me mandem parar. Consigo chegar. Corro para o hospital. É 1h da manhã. O meu irmão e mãe têm os olhos inchados de chorar. Peço desculpa por não estar lá. O telemóvel estava na mala e no silêncio. Não me querem deixar entrar, são intransigentes e não respeitam as minhas lágrimas. Não quero confusão. Nem consigo. Surge uma médica e peço. Diz-me para entrar. Só um beijinho. Passo a mensagem ao segurança, vitoriosa. Entro. O pai dorme. Beijo-o e ele acorda.O pai pergunta: "Então,Estás cá?"Diz qualquer coisa que não percebo. Aceno com a cabeça mesmo não tendo percebido nada. Ele diz: "Estás a ver?não consigo.."Eu digo que precisas de descansar. Só vim para desejar boa noite e dizer que vais ficar bom. Promete-me que ficas calmo. Ele diz que sim. Saio. Digo-lhes que acho que ele está bem. Reconheceu-me, parece lúcido. Teve só uma pequena falha na fala. Vamos para casa. Ninguém consegue dormir. Culpabilizamos algumas coisas e perguntamo-nos porque nunca conseguimos estar bem. As coisas acalmam e pioram logo de seguida.
No sábado ligam-nos. O pai vai para S. Francisco Xavier para fazer um TAC, porque em Cascais não fazem. A mãe quer ir. Nós dizemos que não porque só vai fazer exames e não nos deixam ver. Ela diz que o podemos ver a sair ou a entrar na ambulância. Eu digo que não, que não vale a pena. Mas vou com ela.Chegamos. Perguntamos e aguardamos. A mãe consegue entrar. Chama-me. Viu-o e ele viu-a e chamou por ela. O enfermeiro disse que não pode estar ali mas que já o põe a falar com ela. Aguardamos à porta. Espreitamos. Ele fala connosco. Quase grita e eu rio e faço sinal com a mão para se calar.Cruza as mãos atrás da cabeça, levanta a cabeça e continua a falar.Pergunta pelo Filipe. Pelo canalizador que devia ir hoje lá a casa. Estica os braços e roda-os para mostrar que está bem. Diz que tem fome. Que se vai embora e vai fugir. Eu rio. Ele está bem. Move-se, fala e reconhece-nos. Brinca. A tarde toda à espera. Estou cansada. Tão cansada. Espero. A mãe espera. Mando sms e ligo ao Filipe. Vejo os doentes à minha volta. Vejo a dor de alguns familiares. Sinto-me acompanhada na dor. O atendimento médico e dos enfermeiros é fantástico. Admiro aquela gente. O médico fala connosco. Diz que há falta de representação cognitiva e falhas na fala. Ligeiras. Volta para Cascais porque não é grave. A mãe pede para ficar lá porque o acompanhamento é muito melhor. O médico diz que se fosse grave ficava. Mas não é. Regressa para Cascais para observação apenas. Regressamos a Cascais para o ver chegar na ambulância. Chegamos antes dele e esperamos. Quando chega entramos com ele. Fica contente por nos ver. A Bombeira que o acompanha diz-me que tenho um pai muito criativo.Pergunta-lhe se me pode contar. Ele diz que sim. Ela conta que vinha outra doente com ele. Quando pararam para deixar a doente, o meu pai muito aflito e não tendo nada para fazer xixi, encontra uma luva(daquelas cirúrgicas), faz xixi para a luva e quando os bombeiros chega ele está com a luva na mão para deitarem no lixo. Rimos. Só ele!Não podemos estar ali, despedimo-nos e saimos. Vamos relativamente serenos.

A notícia inesperada

Passaram poucos dias..parece que já foi há tanto tempo porque o sofrimento foi tanto...

Sexta-feira à noite o jantar tão adiado com as minhas amigas do curso acontece. Eu estou bem, nós estamos bem, risos e gargalhadas ouvem-se entre nós. Jantamos num tasco divertido e castiço com empregados embriagados que não tiram os olhos de nós. A conversa flui divertida, o caso da Sílvia com o João, os affaires da Eli, fala-se de sexo, brincamos e rimos. O João chega. Diz-me que vai ser segurança no concerto do George Michael. Digo-lhe que curiosamente nessa manhã ganhei dois bilhetes para o concerto e que vou no dia seguinte para Coimbra. Peço-lhe o número de telemóvel. O telemóvel não está em cima da mesa. Eles pedem mais uma rodada de imperiais. Procuro o telemóvel na mala. O telemóvel tem 37 chamadas não atendidas do meu irmão. Sinto um aperto no coração. A Sílvia abraça-se a mim e agarra-me o braço já meio tocada pelo alcóol e diz "eu estou aqui". Digo-lhe para me largar porque aconteceu alguma coisa. Uma mensagem do meu irmão. "Liga com urgência para mim ou para a mãe". Ligo. O pai está no hospital de Cascais. Uma embolia.Gelo. O mundo desaba sobre mim.Regresso à mesa. As pernas tremem. Deixo dinheiro para pagar o jantar. Dão-me trocos para o parque. Recuso a oferta de me acompanharem. Confirmo que dou notícias. Tremo, tremo, parece que vou cair.Saio. As pernas andam sozinhas. As lágrimas correm. Trânsito e filas. Novamente a pergunta "porquê eu?porquê a mim?"

8 de maio de 2007

Movida

Hoje trabalhar em casa, amanhã café de cops, na quinta Teatro ("A Dúvida" no Maria Matos), sexta jantar com a Sílvia e Eliana...sempre sem parar...

7 de maio de 2007

Manhãs de Primavera

Começam as manhãs primaveris...aquela luz matinal inspiradora e única...aquela brisa que causa um ligeiro arrepio e que sabe bem...o sol que de tão alto cega e que começa a aquecer-nos....gosto de sentir esta luz, este fresco, este cheiro que só acontece ali e que me desperta e inspira. É verdade. Gosto de manhãs.Sobretudo das manhãs da Primavera.

Confidências

Às vezes penso que imagem passo eu às pessoas que não me conhecem bem.Desde olhos meigos a olhar fiável, a ter ar de boa pessoa, já ouvi de tudo sobre mim. Teorias daqueles com quem não privo e a quem não me dou de corpo e alma mas que confiam em mim. O que faz com que estranhe a situação que me aconteceu há uns dias. Um colega de faculdade disse que queria falar comigo. Eu já sabia do que se tratava porque uma colega da Pós-graduação que se tornou uma grande amiga já me tinha confidenciado que se passava algo entre eles. Também ela confiou em mim e desabafou comigo. Mas o João com quem falo e digo umas piadas no intervalo das aulas veio falar comigo. Desabafou sobre os beijos trocados com a Sílvia, da traição à namorada, falou de si...confiou em mim sem sequer saber se podia confiar. Pediu-me respostas, pediu-me opinião. Disse que só dependia dele, que as respostas dependem dele. Eu não sei dar conselhos, só sei ouvir. E parece-me que tenho bons ouvidos. E que confiam em mim....vá-se lá perceber porquê.....

4 de maio de 2007

Vidas

Diz a Carol: "vidas". Pois é. Vidas. Todas diferentes. Todas com as suas particularidades. Todas a precisar de mudança. Todas a precisar de um olhar e observação atentas. Vidas.

A gravidez da nossa tella

A nossa amizade é aquela amizade...aquela irmandade...sinto as tristezas e alegrias delas como minhas...sinto-as próximas de mim...não sei explicar...falam-me dos amigos, mas dos amigos dos copos, das noites, das quecas, dos momentos de diversão. A nossa amizade vive do saber que estás ali, que estás bem, que estás mal e perguntas porquê e dás força e perguntas como correu e correu bem e sorrimos e vibramos. E vivemos muito a vida umas das outras, A Tella está grávida e após a alegria da notícia veio o cuidado e a esperança de que tudo ia correr bem e de que aquele bébé se ia agarrar à vida. E agarrou-se!E agora ela já vive a maternidade e escreve nos devaneios e nós lemos e comentamos e é vivida assim em partilha. Não sei se isto parece demasiado exagerado, mas é como se o bébé fosse nosso também e é e será sempre porque o acompanhamos desde o início. Vamos acompanhar-vos dia a dia. A próxima fase será saber o sexo e segundo as previsões teremos mais um sobrinho rapaz. Depois será o primeiro bater de coração, a primeira imagem e vê-lo ali pequenino e já tão cheio de vida. Vou chorar como quando vi e ouvi pela primeira vez o Martim. E é isto. Surge a nova geração, vinda de nós, a nossa herança....
A Carol diz-me no msn que partilha com ele o prazer em jogar ténis e eu digo-lhe que desconhecia esse gosto dela. Já perdi a conta aos anos que a conheço e é estranho desconhecer-lhe esse gosto...pensamos que conhecemos tudo acerca daqueles que fazem parte da nossa vida e ainda há tanto por explorar...

3 de maio de 2007

Maldade

Perguntas como são possíveis estes requintes de malvadez, estes cortes de laços, este ódio que cega as pessoas. Consolas-te pos saberes que és diferente. Mas ficas com aquele amargo, com aquele ódio e desejas ainda pior, o que significa que talvez sejas ainda mais maléfica. Odeio o ódio e abomino a maldade.

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"Digam que foi mentira, que não sou ninguém,
que atravesso apenas ruas da cidade abandonada
fechada como boca onde não encontro nada:
não encontro respostas para tudo o que pergunto nem
na verdade pergunto coisas por aí além
Eu não vivi ali em tempo algum "

Ruy Belo

Praga

Adorei esta semana na Repúbica Checa! Gostei imenso! Não consigo escrever uma linha sobre ela. Está ainda tudo tão vivo em mim.....

QUERO MUDAR!

QUERO MUDAR!
QUERO MUDAR!
QUERO MUDAR!
QUERO MUDAR!
QUERO MUDAR!

2 de maio de 2007

BLOGS

Estive de férias em Praga durante uma semana e quando consegui ir à Internet no Hostel fui logo ver os blogs para saber o que se passava com elas. Gosto deste universo dos Blogs que me permite aceder facilmente ao universo daqueles que me são próximos e de quem necessito saber notícias. Agora que cheguei a casa e que já li e comentei os blogs, sei que estão bem, que a gravidez da Tella está bem e que a Carol continua com as suas interrogações sobre o seu mundo e que alguns dos posts não me são muito claros porque não sei com que os hei-de relacionar porque não tenho falado com ela. Mas permite lê-las...leio-lhes alguma da vida através de uma simples página na Internet...

Bonança

Bonança...a bonança chega...a tia melhorou e regressou hoje a casa com o tio. Os meus pais regressaram hoje de Fernão Ferro após uma ausência de 1 mês e muitos dias. A avó está no lar e está bem. Eu regressei hoje das minhas férias em Praga. Depois de tantos acontecimentos regressamos todas a casa.
"Quanto mais claro/ Vejo em mim, mais escuro é o que vejo./ Quanto mais compreendo/ Menos me sinto compreendido./ Ó horror paradoxal deste pensar... " Fernando Pessoa